
O Ministério dos Transportes e Logística vai lançar o projecto intermodal que vai combinar o transporte ferroviário e rodoviário para garantir melhor mobilidade dos cidadãos da Área Metropolitana do Grande Maputo. A fase-piloto vai ser lançada na quarta-feira e vai funcionar apenas para a linha de Ressano Garcia.
Trata-se de um projecto que visa minimizar o problema de transporte na região do Grande Maputo, para além de procurar solucionar problemas de congestionamentos nas vias que ligam a cidade e a província de Maputo.
De acordo com Fernando Andela, Director dos Transportes e Segurança no Ministério dos Transportes e Logísticas, diz que a Área Metropolitana de Maputo requer outras abordagens que não passam por adquirir mais autocarros ou licenciar mais minibuses, “mas trazer unidades de transporte de massas para garantir mobilidade segura aos usuários”.
Por isso, decidiu fazer combinação perfeita dos moldes de transporte, integrando o segmento rodoviário e ferroviário.
A perspectiva governamental é usar os 15 autocarros que já adquiriu para levar os cidadãos dos diversos bairros para quatro estações identificadas, onde vão tomar o comboio para chegar à cidade, dispensando dessa forma os carros particulares.
“Temos 15 autocarros em espera para a transformação desse segmento e num período de 60 dias faremos o projecto piloto numa das três linhas que temos, nomeadamente a linha do Limpopo, a linha de Ressano Garcia e a linha de Goba, mas vamos implementar apenas na linha de Ressano Garcia”, disse Andela.
Assim, na linha de Ressano Garcia, foram identificadas quatro paragens do comboio que serão usadas, nomeadamente a estação da Matola Gare, o apeadeiro de Aniel, a estação da Machava e o apeadeiro da Liberdade. Os utentes vão apanhar os autocarros nos bairros próximos a cada uma das paragens, fazer o registo e seguirem até à estação, onde vão apanhar o comboio para a cidade.
“É um segmento intermodal e queremos que os moçambicanos percebam que vale a pena usar os serviços”, disse, assegurando que em caso de sucesso desta fase piloto, o projecto será expandido para as restantes linhas.
O projecto, a ser lançado esta quarta-feira, terá custos acessíveis para os passageiros, que somente vão pagar a passagem do comboio.
Segundo “os estudos feitos por inquéritos, os passageiros assumem a importância e propõem a tarifa de 15 a 20 meticais. Na primeira fase, não haverá custos, porque queremos mostrar benefício aos cidadãos de que podem deixar as viaturas particulares e usarem os serviços que o governo traz”, destacou Fernando Andela, que confirmou que a passagem só será feita no comboio, ou seja, nos autocarros não se paga.
Fernando Andela não falou dos custos que este projecto vai ter, mas revela que são elevados.
“Em relação aos valores, só posso dizer que são altos, porque não estamos a olhar para a aquisição dos autocarros ou as três automotores, mas entendemos que, muito além dos valores, o importante é trazer o serviço ao cidadão, trazer conforto e comodidade aos usuários que muito reclamam dos congestionamentos nos últimos dias”, garantiu.
O início da implementação da fase-piloto do projecto será no dia 23 de Junho corrente. Read More O País – A verdade como notícia
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