
O ministro do Interior, Paulo Chachine, diz desconhecer a existência de “esquadrões da morte”, designação dada a um grupo que supostamente assassina políticos e pessoas críticas ao Governo. Chachine diz, ainda, que decorrem investigações sobre o caso do ataque armado ocorrido há dias na EN1, em Sofala.
O país tem vindo a testemunhar o assassinato, de forma selectiva, de figuras políticas e pessoas que se têm manifestado críticas ao regime do dia. Os crimes são caracterizados por baleamentos na via pública ou sequestro de pessoas e, depois, espancadas ou torturadas. Entretanto, os casos não têm encontrado desfecho, razão pela qual a sociedade civil tem estado a pressionar as autoridades para o seu esclarecimento.
Confrontando com esta situação, que ganhou novos contornos com o baleamento, domingo, do músico e político Joel Amaral, em Quelimane, o ministro do Interior diz não ter conhecimento da existência de “esquadrões da morte”
“Tenho lido, tenho ouvido falar em alguma imprensa sobre os esquadrões da morte, sobre o conceito. Não conheço, não sei se existem e onde é que existem”, respondeu o ministro do Interior a uma questão colocada pelos jornalistas.
Paulo Chachine justifica, por outro lado, que as autoridades estão concentradas em esclarecer qualquer tipo de crime.
“Quando há um crime, a preocupação é de esclarecer o crime, independentemente da pessoa, filiação religiosa e política. A Polícia e outras entidades que trabalham nestes casos, têm sempre a preocupação de esclarecer os crimes”, assegurou.
No que diz respeito ao ataque armando protagonizado no passado dia 8 de Abril, na EN6, em Sofala, acção que resultou na queima de sete viaturas e assalto a alguns passageiros, o ministro do Interior assegurou que decorrem investigações para esclarecer o caso.
“Estamos a trabalhar para esclarecer o que há por detrás destes ataques. A única coisa que sabemos é que estes ataques são maus. Aqueles ataques criaram prejuízos para as pessoas”, frisou.
Paulo Chachine fez estes pronunciamentos no distrito de Nhamatanda, província de Sofala, onde dirigiu a cerimónia de abertura da escola de sargentos. Read More O País – A verdade como notícia
More Stories
CAPA DO JORNAL-17.04.2025
Madeireiros invadem cemitérios em Manica
“Temos que reflectir sobre uma sociedade mais justa e tolerante”, Lutero Simango