
250 mulheres juntaram-se na noite de domingo no Município da Matola para uma gala de festejo do Dia da Mulher. O grupo que há três anos reúne-se em acções sociais junta mulheres de todas as classes sociais residentes no município da Matola, num ambiente de festa.
Sorriso espalhado, comunhão e festa, descreviam a harmonia e equilíbrio entre as “marinheiras de moz”.
Tânia Comé diz mesmo que é uma data muito importante “porque eleva aquilo que é a importância da mulher moçambicana na sociedade e não só”, destacando ainda que o 7 de Abril é dia de festa para as mulheres, “mas também dia de guerra e determinação”.
Tânia Comé diz acreditar que as mulheres mais velhas, que são a base da família, “podem contribuir muito para o desenvolvimento da Matola e do país”.
Ester Bucuana também destacou a importância da data para as mulheres, mesmo porque “sabemos que esta data foi estipulada por causa da nossa mãe, Josina, que foi uma mulher guerreira, batalhadora, lutadora, que tanto fez para que o nosso país também fosse independente”.
As marinheiras comemoram a independência feminina e o alcance da equidade do género com determinação que espalha-se até ao ambiente familiar.
É assim como destaca Alzira Cossa, que frisa o papel da mulher, “que tem de ser humilde, em primeiro lugar, e temer a Deus. porque a mulher é o espelho da sociedade moçambicana”.
As divas acompanham as dinâmicas do país por isso é que se colocam à disposição, até porque se dizem capazes de ajudar no desenvolvimento, tal como disse Áquila Serenatas, residente na Matola.
“Para começar, as mulheres têm o DNA de inteligência, elas são líderes natas. Então, eu acho que é necessário termos um espaço e oportunidade para mostrarmos as reais capacidades que nós temos”, disse.
O evento era só de mulheres, mas decidiram abrir espaço para receber um convidado especial, o presidente do Município da Matola.
Julio Parruque gostou do que ouviu e viu a cerca do movimento das Divas e acredita que elas podem ser úteis para a requalificação pós-manifestações.
“A celebração nesta noite, que antecede o dia 7 de Abril, Dia da Mulher Moçambicana, simboliza a retoma, o reerguer e o transpor daquele período difícil que cruzamos recentemente, de manifestações violentas, prolongadas, que comprometeram bastante a economia local e a economia nacional. Por isso, quando as mulheres se unem dessa forma, é sinal de que agora devemos olhar para a frente e, sobretudo, olhar para os aspectos que nos unem e contribuem para o desenvolvimento”, disse Parruque esperançado.
Das três edições até aqui realizadas, duas tiveram lugar no espaço folha verde e a abertura das portas, para Esperança Mangaze, proprietária do local, tem explicação. “Nós somos um grupo que abraçamos causas solidárias, agora temos mais projectos, vamos abraçar uma causa relacionada com a jovem que vai sofrer uma cirurgia, então é a nossa próxima acção e estamos atentos a qualquer tipo de situação que for acontecer, que as marinheiras juntam-se e ficam sensibilizadas e nós vamos abraçar essa causa”, destacou Esperança Mangaze.
Nesta terceira edição, a gala juntou 250 mulheres cujas acções não param por aqui. Na ocasião não faltaram momentos especiais, a entrega de flores e abraços tornou a comemoração em dia especial. Read More O País – A verdade como notícia
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