
Mais de 150 raparigas de dois distritos da província de Nampula regressaram à escola no ano letivo de 2025, após “uniões prematuras e gravidezes indesejadas”, no âmbito de um projeto desenvolvido por várias organizações não-governamentais.
Este regresso à escola , foi possível através de campanhas de sensibilização comunitária promovidas por “facilitadoras e raparigas dos espaços seguros”, explicou , hoje, Cristina Machele, oficial do projecto “Toda a rapariga é capaz”, cita a Lusa.
O projeto está a ser implementado nos distritos de Murrupula e Nacarôa, norte do país, pelo consórcio formado pela Associação ActionAid Moçambique, Rede HOPEM e Visão Mundial, com o financiamento da Global Affairs Canadá.
Segundo a agência de informação Lusa, naqueles dois distritos o projecto conseguiu apoiar o regresso à escola de 153 raparigas, “depois de terem abandonado devido às uniões prematuras e gravidezes indesejadas”. Assim, regressaram à escola 136 raparigas de Murrupula, enquanto em Nacarôa foram contabilizadas 17 menores.
A responsável pelo projeto explicou que “entre as principais acções implementadas” no terreno estão “sessões educativas nos espaços seguros”.
Acrescentou ainda que o projecto também promoveu grupos de poupança e crédito rotativo, permitindo aos participantes ter “acesso a recursos para cobrir despesas escolares e outras necessidades básicas”.
O projeto “Toda a rapariga é capaz” pretende beneficiar cerca de 25 mil raparigas e mulheres jovens, com idades entre 10 e 24 anos.
Moçambique é o segundo país com mais casos de uniões prematuras na África austral, com 48% das raparigas a casarem antes dos 18 anos e 14% antes dos 15, segundo um relatório da organização não-governamental, Oxfam. Read More O País – A verdade como notícia
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