
A ministra da Educação e Cultura diz que já há negociações com algumas gráficas nacionais, para que os livros escolares possam ser impressos no país. Samaria Tovela, que falava à margem das celebrações dos 52 anos de criação da OMM, garantiu o arranque das impressões ainda neste ano.
Para garantir qualidade e celeridade na produção e distribuição do livro escolar, o Governo optou pela produção interna dos manuais, que, aliás, é uma promessa que vem desde o Governo de Filipe Nyusi, como resposta aos recorrentes atrasos registados nos últimos dois anos lectivos, acompanhado de erros “graves”.
O ministério dirigido pela então ministra, Carmelita Namashulua, não conseguiu imprimir os livros internamente e muito menos conseguiu trazer a tempo os livros impressos no exterior, um facto que dificultou o processo e descredibilizou a instituição.
Daniel Chapo assumiu a promessa e “hoje” a ministra fala de avanços.
“Estamos a discutir com as gráficas. Estamos a discutir no sentido de termos um custo suportável pelo nosso Estado. Essa é a questão. A discussão mesmo é no sentido de termos um custo suportável. É a nossa intenção, é isso que nós queremos. Todos nós sabemos que imprimir aqui significa termos, no período de interrupção, tarefeiros que são os nossos concidadãos, significa circulação de dinheiro, aumento da renda para a nossa população. É o fundamental, é isso que todos nós queremos, mas temos de tornar o custo suportável. Então, estamos a interagir com algumas gráficas sobre o custo de livre, para que seja suportável pelo Estado”, explicou a ministra, deixando depois outro desafio, tendo em conta o ano lectivo 2026.
“Nós, alguns, até este ano, vamos imprimir aqui. É o que estamos a fazer. O que nós queremos é que, gradualmente, a nível interno, possamos ter a capacidade, porque é uma quantidade enorme.”
E, sobre o ano lectivo 2025, Samaria Tovela assegurou o cumprimento do prazo para distribuição do livro escolar.
“Há sete dias, nós tínhamos distribuído 87%. Terei o balanço na segunda-feira. Então, nós já vamos saber o quanto é que vamos, mas nós vamos distribuir todos os livros até ao fim de Março. O livro está a chegar aos alunos.”
Tovela mantém a garantia, mas fala de dificuldades do acesso a alguns distritos, devido ao ciclone Jude.
“Está em todos os distritos, está a chegar aos alunos. Temos algum probleminha, por causa do ciclone que nós tivemos, a nível de Nampula, a interrupção da nossa estrada (…) Estava-se a ver como é que nós, em relação aos transportadores, como é que poderiam, efectivamente, terminar a distribuição, que é aquela última parte que nós temos, a última que chegou.”
A governante assegurou que, a partir desta segunda-feira, se poderiam arranjar alternativas para fazer chegar o material naqueles locais cujas vias estão interrompidas.
“Era exactamente para ver se iam fazer algum transporte parando onde, efectivamente, a estrada não permite e transportando as caixas para outro carro que esteja num sítio um bocadinho mais seguro. Mas, neste momento, o constrangimento são os efeitos nefastos do ciclone. Então, temos algumas estradas interrompidas, mas estamos já a trabalhar com foco exactamente nesses locais, para que as nossas crianças possam ter o livro.”
A governante falava neste domingo, na praça da OMM, em Maputo, à margem das celebrações dos 52 anos da organização. Read More O País – A verdade como notícia
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