
O empresário e político, Agostinho Vuma, lançou ontem, na cidade de Maputo, dois livros. Trata-se de “Diálogo Público-Privado em Moçambique – Impacto na Economia e Guia ao Investidor” e “Liderança, Legado de uma Caminhada”.
As duas obras narram os desafios vividos pelo autor durante os sete anos na presidência da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Segundo Vuma, a primeira obra, “Diálogo Público-privado – Impacto na Economia e Guia ao Investidor”, idealizada em 2018, narra os processos de diálogo, encontros e percursos conjuntos entre os líderes do governo passado e o sector privado, com foco em consensos na construção de um ambiente de negócios que favoreça o desenvolvimento e atractividade da economia nacional.
Já na segunda obra, “Liderança, Legado de uma Caminhada”, Vuma rebobina memórias e emoções que se eternizam na sua existência.
“A capa do livro, refiro-me ao livro ‘Liderança, Legado de uma Caminhada’, tem um significado particular. É uma imagem dos pesados factos que tive de carregar e suportar ao longo da caminhada, em particular dos últimos sete anos. Desde as privações de um miúdo de descendência rural às longas e difíceis jornadas para o acesso a uma escola, refiro aqui que estive na UEM como bolseiro, bolsa completa, as limitações financeiras que levam muitos adolescentes a buscarem no comércio informal a sua fonte de subsistência e, assim, jogar o seu papel activo na economia familiar, entre outros.”
Em “Liderança, Legado de uma Caminhada”, Vuma retrata, também, a tentativa de assassinato que sofreu, em 2020, classificando o crime de um acto de ódio.
“Trata-se de uma matéria que muito me marca e afecta, e, para o benefício da mesma sociedade que exerce o seu escrutínio da nossa caminhada, permita-me destacar que a maior motivação do meu homicídio frustrado, de que fui vítima, foi, sem dúvidas, o ódio, a malícia, a inveja, o mau carácter e a consciência de fracassado de seu mandante que via a morte como a única forma de travar uma caminhada que sempre se mostrará sucessiva nas caminhadas também vindouras.
Agostinho Vuma alerta que “assim poderá ser com todos aqueles que aspiram a ser líderes. A caminhada pode constituir um calvário de perseguições, de bullying e diversas manifestações de ódio, inveja e malícia, capazes de deixar marcas de dor e sentimento de revolta para deter o passo. Sempre existirá quem se auto-rejeite e olhe para os seus insucessos e incapacidades como causados porque os supera pela capacidade de liderança e sucesso. Nunca permitam que o bullying, a inveja, o rancor, a malícia vos façam igual. Podem, sim, pausar e questionar, à semelhança do pirilampo a que me referi, as razões da irreverência e persistência das perseguições das diversas serpentes que intentem interromper a vossa caminhada, mas nunca desistir do propósito de continuarem a brilhar”.
As duas obras chegam às prateleiras sob a chancela da editora Afrobooks e foram apresentadas por Salimo Abdula e Fernando Couto, ambos empresários.
A cerimónia de lançamento contou com a presença de várias personalidades, políticos e empresários.
LUÍSA DIÁLOGO
O diálogo público-privado entre o sector público e privado é uma questão fundamental para o país avançar com a devida rapidez, e é por isso que eu participei activamente nisso. É bom ver que há legados que prevalecem e são enriquecidos, o diálogo que está a ser feito agora, o esforço que é feito pelo governo actual e pela CTA, a mim maravilha-me e inspira-me cada vez mais. Estou satisfeita em ver que aquilo que iniciámos na altura, transformou-se agora numa coisa sólida. O mandato de Agostinho Vuma foi uma mandato de consolidação.
SILVINO MORENO
É um período em que Agostinho Vuma trabalha como presidente da CTA, e acredito que, pelo dinamismo da economia, da maneira como a CTA interveio ao longo desse tempo, acredito que as obras devem ter um conteúdo bom.
SALIMO ABDULA
Ele deixa aí uma experiência, que é um legado interessante, falo da experiência que ele acumulou ao longo da vida, mas principalmente durante o seu percurso dos sete anos na presidência da CTA, no diálogo público-privado, na exposição das figuras que se tornam públicas e depois não estão preparadas. Nós temos de nos preparar como seres humanos, e, quando nos tornamos figuras públicas, como eu digo, quando a árvore cresce, mais vento cata. Então, ao lidar com a inveja, bullying, uma série de coisas que não estamos preparados, depois entramos em depressão.
FERNANDO COUTO
O Vuma, como disse, nasceu de uma família modesta, fez a sua educação à sua própria custa, não veio de nenhum colégio privado, de nenhuma escola no exterior, e é a pessoa que é neste momento, sobretudo para os jovens empresários, devem perceber que, no seu caminho como empresários, há momentos bons e momentos difíceis. Read More O País – A verdade como notícia
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