
A Cidade da Beira é palco, desde esta sexta-feira, 21 de Fevereiro, de um encontro que reúne especialistas do sector da saúde em África, tendo como pano de fundo uma reflexão sobre as lições tiradas durante o estudo sobre vacinas contra a COVID-19, denominada ECOVA. O encontro visa, essencialmente, colher sensibilidades para se encontrar soluções para enfrentar futuras pandemias.
Moçambique e Madagáscar foram dois dos países que acolheram, em 2020, os ensaios clínicos de combinação de vacinas para o combate à COVID-19. Os resultados destes ensaios, segundo o Instituto Nacional de Saúde, foram positivos.
Os dados, ao nível internacional, revelam que, anualmente, há o registo de um ou dois novos micro-organismos que passam a barreira animal para a humanos.
“São estes micro-organismos que passam da barreira animal para humana que são causadores das grandes pandemias. O que aprendemos da pandemia, ao nível global, é que a resposta foi baixa”, disse Ilesh Jani, investigador no Instituto Nacional de Saúde.
O sector de saúde indica que, uma das ilações tiradas pelo mundo durante a pandemia é que a mesma pode ser vencida com aplicação de conhecimento.
“É este conhecimento que nós temos que gerar para estarmos em condições de enfrentar melhor as pandemias”, frisou.
As primeiras vacinas contra a COVID-19 só ficaram disponíveis um ano após a eclosão da pandemia.
“Embora estes dias sejam, relativamente, de grande avanço, porque, em ocasiões anteriores, o desenvolvimento da vacina levou dez ou mais anos, estes trezentos dias foram um grande avanço. Mesmo assim, nós consideramos que é grande este período de trezentos dias. Portanto, há um acordo global de que o ideal seria que as vacinas estivessem disponíveis cem dias a partir do aparecimento da pandemia. O que estamos a discutir é como é que Moçambique e Madagáscar podem contribuir para este propósito global de como gerar conhecimento antes do aparecimento da pandemia, por um lado, e por outro de como ter este mesmo conhecimento rápido após o surgimento da pandemia”.
No rol de temas desta reunião, constam o investimento no conhecimento sobre epidemiologia em África, criação de condições e capacidades para condução de estudos clínicos no continente. Por outro lado, pretende-se abordar a necessidade dos países africanos criarem condições para trabalhar em rede no combate no combate à pandemias. Read More O País – A verdade como notícia
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