
O Porto de Maputo movimentou, durante o ano de 2024, um total de 30,9 milhões de toneladas de carga, menos um por cento em relação a igual período do ano de 2023. Entretanto, apesar da ligeira redução, o terminal de carga mostrou resiliência face aos desafios logísticos, aponta a Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), entidade que faz a gestão do empreendimento.
De acordo com a entidade, a redução dos volumes nos terminais portuários do Porto de Maputo e Porto da Matola “deveu-se, principalmente, aos protestos pós-eleitorais e aos bloqueios rodoviários no corredor de Maputo, incluindo o encerramento da fronteira durante vários dias e ao condicionamento da operações fronteiriças e rodoviárias durante mais de um mês.”
“O Porto de Maputo enfrentou um último trimestre do ano desafiante, mas a resiliência da nossa equipa, juntamente com o nosso enfoque contínuo na diversificação e eficiência, permitiu-nos manter um forte desempenho operacional em geral. O crescimento das nossas operações directas e dos volumes de transporte é um testemunho deste esforço”, afirmou Osório Lucas, director-executivo da MPDC.
Durante o período em análise, as operações directas da MPDC demonstraram um crescimento robusto, de cerca de 14,2 milhões de toneladas, o que significa um aumento de 14% em relação ao ano anterior. Outrossim, os volumes rodoviários atingiram um crescimento significativo, com um aumento de 11% em termos anuais, passando de 9,5 milhões de toneladas para 10,7 milhões de toneladas.
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo aponta que “os volumes ferroviários, que constituem um dos principais focos críticos para a estratégia de sustentabilidade da companhia, cresceram 7%, isto é de 2,8 milhões de toneladas para 3,019 milhões de toneladas”, o que sublinha a capacidade da MPDC de manter uma distribuição equilibrada no manuseio da carga apesar dos constrangimentos logísticos.
2024 não foi só ano de desníveis. O MPDC destaca “o aumento das receitas resultantes para o Estado das taxas de concessão pagas ao Governo de Moçambique, que aumentaram 12% para 46,8 milhões de dólares, em comparação com 41,7 milhões de dólares em 2023”. A referida contribuição exclui as receitas adicionais para o Estado, nomeadamente as provenientes dos impostos sobre os lucros e os dividendos ao seu accionista, os Caminhos de Ferro de Moçambique.
Expansão e investimentos planeados para 2025
Agendado para o início dos grandes projectos de expansão no Porto de Maputo, incluindo a tão esperada expansão do terminal de contentores e do terminal de carvão, ambos com início previsto para o primeiro semestre, 2025 é descrito como de grandes realizações e continuidade dos níveis alcançados no ano passado.
Com a implementação dos projectos de expansão, o Porto de Maputo espera fortalecer ainda mais a sua posição como centro estratégico de comércio e logística na África Austral. A combinação de resiliência operacional, diversificação logística e investimentos estratégicos posiciona o porto como um pilar para o crescimento económico de Moçambique. Read More O País – A verdade como notícia
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