Os cultos religiosos voltaram a ser realizados em horário normal, este domingo, uma semana depois dos protestos pós-eleitorais.
Foi um domingo de reencontros. Os crentes juntaram-se para celebrar a missa num contexto normal, cenário que não acontecia antes do fim da “fase 4×4” dos protestos pós-eleitorais.
As igrejas registaram um número considerável de crentes.
“Voltámos a ter a igreja cheia, como tem sido em dias normais. Esse facto não acontecia devido aos protestos pós-eleitorais. Podemos afirmar que foi um domingo muito diferente, pois os crentes estiveram na igreja para orar por todos os mocambicanos”, anota Filipe Tivane.
Os crentes relatam que passaram por dias difíceis por conta da actua situação que o país atravessa.
“Para chegarmos até hoje foi pela graça do Senhor. Nós, todos, tínhamos de ficar em casa por medo dos manifestantes. Ainda assim, não parámos de orar. O nosso compromisso com Deus é maior”, explica Dinis Machava, destacando que essa abertura traz uma nova esperança para os crentes que anseiam por dias melhores.
O mesmo sentimento é partilhado por Paulina Cabral, crente da Igreja Presbiteriana, que espera que tudo volte à normalidade, de modo a que os cultos sejam realizados normalmente.
“Foi um culto muito interessante, pois serviu como uma oportunidade para nos reencontrarmos depois de uma semana de muitas incertezas no país”, anota.
Esperaram muito por este momento e marcaram presença no primeiro culto após as restrições. Por conta dos protestos, a Igreja Anglicana foi obrigada a cancelar a missa no domingo passado.
“O culto foi abençoado. Havia muita alegria no povo de Deus por receber esse alimento espiritual. A igreja tem de estar aberta, razão pela qual continuamos esperançosos em relação ao que poderá suceder nos próximos dias. A nossa expectativa é que tudo volte à normalidade”, diz Bernardo Macucule, padre da Igreja Anglicana.
CRENTES REITERAM APELOS À PAZ
Os cultos de domingo foram marcados, mais uma vez, por apelos à paz como condição para a prosperidade.
“Rogamos a Deus para que traga definitivamente a possibilidade de podermos livremente cantar, adorar, de dizermos o nome de Jesus e também orarmos por Moçambique e pelo seu povo.”
Ana Rita Sithole apela a todos os moçambicanos para que abandonem tudo aquilo que constitui um motivo de divisão e abraçarem tudo aquilo que une.
Já em caso do anúncio de novas medidas, as igrejas garantem que vão recorrer a outros meios para a realização dos cultos.
“Havendo uma mudança do ambiente, temos mecanismos apropriados para informar aos crentes com antecedência sobre as medidas alternativas para que os cultos continuem a ser realizados”, garante Jorge Chacate. Read More O País – A verdade como notícia
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