O padre Filipe Couto defende que é responsabilidade dos quatro candidatos presidencias acalmar a população. O antigo Reitor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) sugere que os candidatos tenham um encontro, antes do pronunciamento do Conselho Constitucional, sem nenhum outro interveniente. Diz ainda que o actual Presidente da República não pode intervir, visto que o seu Governo está em discussão.
O professor doutor esteve, este domingo, no Jornal da Noite da STV, onde reagiu à crise pós-eleitoral que se vive no país. Para o Padre Couto, é urgente que os candidatos entrem em consenso.
“Os quatro têm de chegar a um acordo, é tempo de ter juízo, é tempo de ter juízo, juízo no sentido de ir àquilo que é possível e é mais razoável e, nesse momento, ninguém deve ser criança, quem tudo quer, tudo perde”, disse.
Sobre os pontos que devem ser levantados no encontro, Couto destaca, primeiro, acabar com as manifestações. “Primeiro, acabar com as greves, tem que acabar, porque não é dali que vamos chegar ao ponto”.
Filipe Couto disse ainda repudiar a ideia de serem feitas novas eleições, pois “nós não queremos isso, melhor, eu não gostaria disso, mas não sou eu quem manda. Eu não vejo dinheiro para gastar de novo para isso, quando há outras coisas para fazer. Gastar de novo para fazer o quê? Comprar mais computador. Comprar o quê mais? Material para quê? Para desviar, para depois discutir da mesma maneira”, explicou.
Não parou por aí, sublinhou também a necessidade de ser garantida amnistia para Venâncio Mondlane, de forma que este possa fazer parte do encontro, com os outros candidatos.
Quanto à intervenção do Presidente da República no encontro entre os candidatos, Padre Filipe Couto disse não ser necessária.
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