Uma vitória sobre o Costa do Sol, por 56-44, em duelo da 14.ª jornada da Liga Sasol, deixava o Ferroviário numa posição favorável que forçava o seu adversário a ter que anular esta desvantagem de doze pontos, no duelo em atraso da ronda 7 (primeira volta), disputado domingo, no Pavilhão do Maxaquene.
Ciente, claramente, de que se precisava apresentar com maior capacidade defensiva e clarividência nos ataques, o Costa do Sol procurou condicionar as “locomotivas”, criando uma crise de raciocínio nos seus ataques.
A luta das tabelas, essa, adivinha-se renhida com Carla Covane (Ferroviário de Maputo) e Nilza Chiziane e Vilma Covane (Costa do Sol). O Costa do Sol, mais esclarecido, saiu do primeiro quarto a vencer por um parcial de 11-20.
No segundo quarto, Nasir “Nelito” Salé procurou fazer os ajustes no Ferroviário de Maputo, tendo como perspectiva maior consistência nas finalizações. Com Sílvia Veloso muito bem na armação do jogo, as “locomotivas” fizeram um parcial de 12-8. Com um “buzzerbeater” (lançamento sobre a buzina), Vilma Covane colocou o Costa do Sol a vencer por cinco pontos no intervalo: 23-28.
No terceiro quarto, e com Ingvild Mucauro (Inga) mais prestativa defensivamente e sem muita confiança ofensivamente, Nelito fez a rotação da equipa, apostando em Dulce Mabjaia e também Rosa Cossa. Nesta etapa de jogo, Dulce, com um tiro curto, colocou o marcador com uma diferença de um ponto. O Costa do Sol concentrava o seu jogo em Eleotéria Lhavanguane (Formiga), extremo muito forte no um para um.
Mas, diga-se, nem sempre a atleta fez bem o trabalho de penetrar e, quando as defesas ajustassem, colocasse a bola na zona do tiro exterior. Leonel “Mabê” Manhique, vendo a base Clede Machava a acumular faltas, teve que refrescar a posição 1, lançando a jovem Elisabeth Tembe. Do lado do Ferroviário de Maputo, Nelito deu algum tempo de descanso a Sílvia Veloso, colocando Bruna Argélio a armar o jogo. E, em algum momento, Anabela Cossa teve que fazer o transporte da bola. No final do terceiro quarto, o marcador indicava 36-35.
No último quarto, o Costa do Sol apostou mais no seu jogo interior, colocando Nilza Chiziane a desequilibrar na zona pintada. E, já agora, Carla Covane defendia a sua irmã Vilma, em cenários que a segunda evidenciou-se nos tiros curtos. O Ferroviário de Maputo, a fazer ataques mais prolongados, colocou o jogo empatado (45-45) com um tiro de Ingvild “Inga” Mucauro na zona dos 6, 75 metros com 1:45 por se jogar. Jogo emocionante e de cortar a respiração na quadra do pavilhão do Maxaquene.
Num ataque em que o Costa do Sol fechou as linhas de passe, Stefânia “Papelão” Chiziane não teve espaço para a penetração, as “canarinhas” ensaiaram um contra-ataque que culminou com uma jogada de dois pontos de Vilma Covane.
O resultado de 49-45, a favor do Costa do Sol, não foi suficiente para esta formação recuperar o título de campeã nacional.
Nas premiações individuais, destaque para Sílvia Veloso que foi distinguida jogadora mais valiosa (MVP) e Anabela Cossa que terminou o certame como melhor triplista. Inelda Chelene, jogadora do Maxaquene, foi a melhor marcadora. A Lázio terminou em terceiro lugar na competição, tal como no ano passado. Read More O País – A verdade como notícia
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