O partido sul-africano ANC (congresso Nacional Africano) diz que recebeu a mensagem enviada pelos eleitores, e que está aberto a dialogar com todos para a formação de um governo de coligação. No entanto, avisa que não vai aceitar colocar o lugar de Cyril Ramaphosa a disposição.
Este foi o primeiro posicionamento oficial do partido governamental sul-africano sobre as eleições gerais da quarta-feira passada. Sem rodeios e justificações, o partido de Nelson Mandela, Mbekhi, Motlanthe, Zuma e Ramaphosa diz que recebeu o recado.
Fikile Mbalula, Secretário Geral do ANC, disse que os resultados mandaram uma mensagem clara para o partido. Por isso, o partido quer assegurar aos eleitores sul-africanos que foram ouvidas “as suas preocupações, as suas frustrações e insatisfações”.
Essa insatisfação, reconhece o ANC, resulta de vários factores, dentre os quais, os problemas econômicos, sociais e políticos, com destaque para o factor Jacob Zuma e Umkhonto we Sizwe.
“Nunca subestimamos Zuma. Sabíamos que teria apoio em Kwazulu-Natal, em Mpumalanga e Gauteng. É por isso que começamos a nossa luta em relação a ele e ao seu partido. Também mobilizámos os nossos militantes, e vocês viram-nos no terreno”, disse Mbalula .
Sobre o futuro, ainda não há acordo algum de coligação e o partido adianta que vai negociar com todos, excepto aqueles que não estejam interessados. “Alguns partidos políticos têm-nos abordado, e nós temos conversado com eles. Temos uma equipa liderada pelo secretário-geral que vai conversar com todos, nas negociações”.
Todavia, Fikile Mbalula avisa que em nenhum momento vai aceitar imposições, muito menos que a condição para a coligação seja a queda do presidente do partido, Cyril Ramaphosa. “Se vierem a exigir que Ramaphosa se demita, isso não vai acontecer. Não temos tal mandato. Não iremos coligar-nos com partidos que dizem que não querem falar com este ou aquele. Porque nós não atacamos partidos políticos”.
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