O economista Hipólito Hamela diz que os gastos com os salários dos funcionários públicos apenas elevam a despesa público, visto que é um sector improdutivo e que não colabora para a subida do PIB.
O relatório apresentado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que o dinheiro que os moçambicanos economicamente activos contribuem através dos impostos é gasto, quase na totalidade, para o pagamento dos funcionários e agentes do estado, que representam apenas 3% da população.
Hipólito Hamela explica que para melhorar a situação deva existir maior comunicação entre a política fiscal e a monetária, o que significa que “o Ministério das Finanças deve informar as suas decisões ao Banco Central para que conheça as consequências dos seus actos”.
Diz ainda que a implementação da Tabela Salarial Única fez com que a despesa com os salários dos funcionários públicos passasse a ser 80% da receita fiscal.
“Todo o dinheiro arrecadado pela Autoridade Tributária, em 2022, 80% foi usado para pagar salários de pessoas altamente improdutivas, pessoas que não produzem nada, não criam valor e nbão alteram o PIB”.
O aumento do consumo, continuou, precisa ser acompanhado pelo aumento da produção para evitar a inflação. Como resultado disso, o Banco Central aperta aos bancos comerciais, subindo o valor dos depósitos obrigatórios de 10 para 15%.
“O dinheiro que é gasto com os funcionários públicos devia ser desviado para o sector privado, para que este sector aumente a produção, dê emprego, e este último reflete na vida do pacato cidadão”.
Hamela acredita a melhor solução é reduzir em massa os funcionários públicos. “Não há outra saída para além de emagrecer o governo, porque a autoridade tributária está a fazer o seu papel, e consegue fazer o pagamento de 80% dos salários”.
Contudo, diz que o trabalho da política fiscal e do gasto da despesa que não se consegue reduzir. “Temos que reduzir a despesa pública, emagrecer o governo, este governo está muito gordo”.
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