Agosto 23, 2024

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População invade e queima posto policial em Manhiça

Populares vandalizaram, na segunda-feira, o posto policial e o edifício da sede da localidade de Maciana, no Município de Manhiça, na Província de Maputo. Há registo de 14 detidos no seio da população e alguns feridos.

A noite da última segunda-feira foi de autêntica agitação no Município de Manhiça, precisamente na localidade de Maciana. A confusão começou, segundo relatos, quando um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) afecto à subunidade policial local abandonou o seu posto para consumir bebidas alcoólicas na companhia de seu amigo civil. Depois da jornada de consumo de bebidas alcoólicas, o agente da PRM e  seu amigo iniciaram patrulhas ilegais.

Nessa incursão, interpelam um cidadão pela madrugada, ordenando que o mesmo parasse, tendo este recusado e ido embora temendo pela sua vida. Posto isso, ligou aos seus familiares para informar sobre a situação e seguiu ao encontro da pessoa interpelada pelo agente da PRM e seu amigo.

E, quando o agente se  apercebeu  da presença da comunidade,  fugiu  para a esquadra junto com o seu “comparsa”.

A população marchou até à esquadra, onde exigiu a libertação do agente e seu amigo para que fosse feita a justiça pelas próprias mãos. Perante a recusa dos agentes da PRM daquele posto,  a população,  já enfurecida, partiu para a violência. Como consequência da sua acção, o posto policial e o edifício onde funciona a sede da localidade de Maciana e  a viatura da PRM foram incendiados.

O chefe do Departamento de Relações Públicas no comando provincial da PRM em Maputo, Rodrigues Chabana, diz ter sido constituída uma comissão de inquérito para apurar as causas do incidente.

Quanto ao agente da PRM que abandonou o posto e foi consumir bebidas alcoólicas, este poderá ser responsabilizado. A fonte disse, ainda, que há 14 pessoas detidas suspeitas de serem os “cabecilhas” da agitação.

Neste momento, a sede da localidade, assim como o posto policial de Maciana estão encerrados e inoperacionais.

Entretanto, a vida voltou à normalidade, mas ainda reina um ambiente de medo no seio da população perante a presença expressiva de agentes da PRM.

Num passado recente, sete pessoas, incluindo três agentes da polícia, foram enterradas vivas por populares em Manhiça, acusados de roubo de gado.

As vítimas foram, na ocasião, torturadas pela população e enterradas vivas, acusadas de pertencer a um grupo que rouba gado na Província de Maputo.

A Polícia da República de Moçambique  destacou, na altura, uma equipa para investigar o caso, mas três dos seus agentes também foram amarrados, torturados e enterrados vivos pela população.

árias pessoas se instalaram no posto policial local, reivindicando a libertação de alguns membros da comunidade que foram detidos após os dois episódios. A polícia moçambicana foi obrigada a reforçar o seu contingente policial.

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