Outubro 7, 2024

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É preciso melhorar as negociações para que as Multinacionais gerem mais empregos

O conteúdo local não deve ser visto sob ponto de vista legal, mas de ponto de vista de valor acrescentado, geração de renda e de empregos para os moçambicanos. Este pensamento foi partilhado pelo economista Hipólito Hamela, em entrevista ao Noite Informativa.

Hipólito Hamela explicou que falta apenas visão para que o conteúdo local seja uma realidade em Moçambique. A fonte explicou que é preciso que o país tome como referência a cidade de Tanger Med, em Marrocos.

O rei Marroquino ofereceu as melhores condições, explicou o economista, para que as empresas Renault e Peugeot instalassem as suas empresas na França, no entanto, ele impôs algumas condições, como o facto da obrigatoriedade de uso de fornecedores locais, ou seja, as empresas deviam operar em Marrocos.

“Aqui em Moçambique, temos a Sasol,  a Total e a Mozal e os acordos já foram feitos, por isso, já não temos mais como voltar para trás, se não podem pensar que o país não é sério. Mas há ainda muitos campos que vão ser leiloados, sejam de gás ou outros minérios, então, uma das primeiras condições devia ser que os fornecdores fossem locais, ou seja, as empresas deviams ser deslocadas para Moçambique”.

“A kenmare importa, anualmente, acho que 100 milhões de dólares para serviços, bens, comida e outras coisas. Isso tudo se for produzido em Moçambique, sejam por  empresas sul africanas, australianas, onde for, vai gerar maiores empregos. Portanto, a abordagem deve ser criar emprego em Moma, criar emprego em Vilankulos e em Palma”.

O analista explicou que é necessário que as empresas sejam preparadas para que possam atingir o nível desejado para fornecer as Multinacionais. “É papel do governo e das Associações preparar as empresas, não para os negócios que já estão em andamento, mas para os projectos futuros”.

“Os próximos contractos devem incluir cláusulas de conteúdo local, e o conteúdo local não é sobre nacionalidade do dono da empresa, nem sobre onde estão empresas, mas é sobre os seus fornecedores”.

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