O representante-permanente de Moçambique junto das Nações Unidas, Pedro Comissário, defende a aceleração das negociações sobre o estatuto de Abiei, com vista a dar passos rumo à estabilização, naquela região do Sudão do Sul.
Abiei tem sido palco de confrontos intercomunitários, que duram há quase duas décadas, tendo atingido o pico, no ano passado, com o registo de cerca de mil mortos.
No primeiro trimestre deste ano, mais de duzentas pessoas morreram em confrontos entre jovens militares de defesa civil e milícias comunitárias da região.
Raptos, roubo de gado e troca de tiros entre as comunidades da linha de fronteira entre o Sudão do Sul e o Sudão são as formas mais frequentes de violência.
Falando em nome do chamado A3, grupo dos três países africanos, no Conselho de Segurança da ONU, Moçambique, Argélia e Serra Leoa, Pedro Comissário manifestou preocupação particular com a proliferação de armas de pequeno porte, em Abiei.
“A insegurança naquela região, que está a ser agravada pela proliferação de armas ligeiras e de pequeno calibre, tem sido responsável por baixas entre civis, incluindo as forças de manutenção da paz da UNISFA. Entretanto, as negociações sobre o estatuto final de Abyei continuam estagnadas”, disse.
O embaixador Pedro Comissário entende serem inaceitáveis os ataques contra civis, agentes humanitários e forças de manutenção da paz, em Abiei.
“Os ataques contra civis, intervenientes humanitários e forças de manutenção da paz são inaceitáveis. Constituem violações graves do Direito Internacional Humanitário e do Direito dos Direitos Humanos. Neste contexto, encorajamos todas as partes a coordenarem os seus esforços para reduzir as tensões e proteger os civis”, acrescentou. Moçambique preside, este mês, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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