Junho 16, 2025

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Universidades devem produzir respostas para desafios impostos pelas mudanças climáticas

 A Associação das Universidades de Língua Portuguesa deve continuar a afirmar-se como uma plataforma de interacção e de diálogo multilateral que promove a cooperação, fortalece a excelência das universidades, não apenas no domínio do ensino, mas, também, da investigação, extensão e inovação, bem como produzir respostas para os desafios concretos enfrentados pela sociedade, com destaque para as mudanças climáticas.

Por exemplo, Moçambique, em geral, e a cidade da Beira, em particular, “tem muito a aprender e a partilhar sobre os efeitos das mudanças climáticas” que se manifestam através “fenómenos extremos dos ciclones, cheias, inundações e secas que ciclicamente afectam o país, gerando calamidades, destruindo o tecido humano, económico e social”, afirmou Edson Macuácua, secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior.

Para o governante, que falava na abertura do XXXIV encontro da Associação das Universidades da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em nome do Presidente da República, a prevenção e o combate aos efeitos das mudanças climáticas em prol do desenvolvimento sustentável “exige uma resposta robusta” por parte das universidades.

“Num contexto de uma crescente globalização e do rápido desenvolvimento e disseminação de novas tecnologias de comunicação e informação, as universidades dos Países de Língua Portuguesa devem fortalecer as pontes de cooperação e de integração, potencializando a partilha do conhecimento e a mobilidade de estudantes, docentes e investigadores”, afirmou Macuácua.

Segundo o dirigente, “as universidades actuam num ambiente de uma sociedade cada vez mais globalizada, assimétrica, polarizada, e digital condicionado pela internacionalização da economia, pela quarta revolução industrial, caracterizada pela fusão dos mundos físico, digital e biológico, gerando desafios e oportunidades, pelas mudanças climáticas, pelo crescimento demográfico geométrico que esbarra-se com o crescimento aritmético da economia, o que desafia as universidades a formar cidadãos preparados para enfrentar e superar estes desafios do século XXI”.

A empregabilidade dos formados, disse Edson Macuácua, é “outro desafio que enfrentamos e exige uma mudança de paradigma quanto à ligação entre a teoria e prática, a universidade e a sociedade, a universidade e o mercado de trabalho e sobretudo quanto à qualidade e relevância do ensino superior”.

“A era do pós-verdade e do pós-modernismo, caracterizada pela tendência para desqualificar e desacreditar as pessoas, as instituições, e sobretudo pela negação da verdade e logo pela inversão de valores, convoca-nos a repensar o ensino superior em face da necessidade de uma maior humanização da sociedade e uma maior socialização da humanidade para que a universidade não seja um espaço apenas reservado ao desenvolvimento do saber, mas também do saber conviver, saber estar e saber fazer, formando cidadãos não só cientificamente competentes, mas também humanistas, íntegros e com uma ética de responsabilidade, cidadãos com autoestima e autoconfiança, que acreditam em si como uma solução para os desafios do país”, considerou o secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior. Read More O País – A verdade como notícia

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