
O PCA do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação, Lourino Chemane, defendeu, esta quinta-feira, na Arena 3D, em Maputo, que as instituições de ensino devem investir em cursos e capacitações nas áreas das tecnologias digitais, pois, com efeito, será possível ao Estado atender aos desafios de desenvolvimento que se impõem neste milénio
Lourino Chemane foi o principal orador do painel “Futuro da administração e dos negócios”, no segundo dia da MozTech – Feira de Tecnologias de Moçambique. Na sua comunicação, o PCA do Instituto Nacional de Tecnologias de Informação e Comunicação (INTIC) considerou que um dos problemas que afecta os moçambicanos, nesta era digital, tem a ver com a escassez de formações e capacitações para alunos e estudantes que, muitas vezes, se iniciam em matérias tecnológicas na faculdade.
A fim de reverter o cenário que em nada beneficia o país na competitividade regional e global, Lourino Chemane defendeu a criação de novos cursos sobre tecnologias digitais, incluindo básicos e médios, ao nível das instituições públicas e privadas, com primazia para questões de segurança cibernética. “A formação e a preparação de quadros são muito mais importantes do que a inovação das máquinas”.
O PCA do INTIC lembrou que, em matérias de segurança cibernética, o Estado tem a responsabilidade de proteger as empresas e os cidadãos, de modo que sintam o conforto de transacionar em ambientes digitais. Por isso mesmo, o princípio que rege o INTIC é a legalidade, pois as leis permitem a criação de ambiente apropriado para investimentos em negócios. E ainda acrescentou que, para atender a questões de segurança cibernética, está em preparação a proposta de regulamento com penalizações para os directores e funcionários públicos, o que deverá garantir o cumprimento da legalidade e a responsabilização.
De igual modo, Lourino Chemane explicou que a cooperação com outros países, na área da segurança e protecção, é imprescindível, tal como os mecanismos de responsabilização de todos os que comprometem a soberania nacional em matérias tecnológicas. .
No mesmo painel, interveio o representante da Huawei Moçambique. Para Wagner Bango, o país deve implementar as estratégias de transformação digital, inclusivamente, para que as tecnologias possam concorrer para viabilizar negócios e performances das empresas. Nesse caso, reforçou, o Governo deve gerar a competitividade do sector privado, apostando em ecossistemas existentes, ao nível nacional. Para o efeito, uma visão a médio e longo prazo importa.
Já para o Vice-Presidente de Marketing Raxio, Júlio Guivala, concordando com o PCA do INTIC, é necessária a educação do sector público sobre soberania de dados. Uma vez que o sector público é o maior cliente do privado, ambas as partes devem colaborar, de forma recíproca, para um desejado ecossistema tecnológico.
Por fim, o Director de Soluções Técnicas BCX, Aristides Parruque, referiu que as transformações e soluções são inevitáveis, porque garantem eficiência dos processos diários do sector do negócio. Read More O País – A verdade como notícia
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