
18 cidadãos de nacionalidade estrangeira, entre eles bengali, paquistanesa e Etíope, em situação de imigração clandestina, foram interpelados no distrito de Gorongosa, em Sofala, pelas Forças de Defesa e Segurança, quando se faziam transportar de forma deplorável, na parte traseira de um camião atrelado, com destino a província de Maputo.
Foi graças a uma denúncia popular que as autoridades ficaram a saber que 18 imigrantes ilegais viajavam num camião, que transportava caldo e lâmpadas e faziam o trajeto Nampula-Maputo.
“Olhando ou fazendo leitura dos passaportes, denota-se que estes cidadãos terão saído dos seus países de origem nos dias 8 e 12 e terão aterrado num dos aeroportos em Malawi e lá violaram as fronteiras”, disse Francisco Chambal, porta-voz do serviço de Migração em Sofala.
O motorista do camião foi detido indiciado de auxilio a imigração ilegal, que é um acto criminal, além de ser uma infracção migratória. O motorista afirmou que os migrantes clandestinos entraram no seu camião no distrito de Mocuba, província da Zambézia.
“Apareceu alguém aliciando-me por valores, e eu acabei aceitando”, disse o motorista.
Ao transportador foram prometidos 60 mil meticais que seriam pagos no destino. O indiciado disse que durante o percurso de Mocuba a Gorongosa, cerca de 600 quilómetros, ia falando telefonicamente com a pessoa que lhe contactou para transportar os imigrantes clandestinos.
“Mantia [contacto] para me mandar alimentação, mas de lá para cá, o número já não chama”
A direcção provincial de Migração de Sofala não tem dados em relação aos objectivos que moveu esses indivíduos a escalarem Moçambique.
“De facto é complicado para nós trazer as actividades que eles vinham desencadear e porque houve essa vontade de conhecer Moçambique usando esses mecanismos ilegais, pois nos seus passaportes não detêm nenhum visto que os habilita a entrar em território nacional. Daí que é difícil para as autoridades definir qual é o motivo da vinda deles”, explicou o porta-voz do Serviço de Migração.
Os ilegais, que serão deportados neste domingo, não quiseram falar à imprensa. Read More O País – A verdade como notícia
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