Maio 22, 2025

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Até sempre, Orlando Conde!

 Foram, esta quinta-feira, a enterrar, no Cemitério Santa Isabel,  na cidade da Beira, os restos mortais de Orlando Conde, antigo atleta e dirigente desportivo. Conde foi lembrado como um ícone do desporto moçambicano, uma figura de trato simples e abnegada pelo trabalho.

Incontornavelmente, uma das figuras de proa do desporto moçambicano, Orlando Conde foi velado esta quinta-feira na Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Cidade da Beira. Com semblantes carregados, familiares, amigos, antigos colegas e dirigentes curvaram-se perante a memória de vulto de um desportista de eleição, amigo, pai e irmão.  

“Pai, a tua ausência física é dolorosa, mas a tua presença espiritual permanece viva em nós  em tudo o que fazemos, dizemos e somos. A tua vida foi uma benção, a tua memória é um tesouro e o teu legado eterno. Descansa em paz, pai, devolvemos-te a Deus com o coração apertado, mas com a alma rendida à gratidão. Serás sempre lembrado, serás eternamente amado, com todo o nosso amor. Foste um homem de família, sempre presente nos bons e maus momentos”, destacou, Tânia Conde, filha, no elogio fúnebre. Almiro Conde, irmão, não deixou descrever o malogrado como uma figura ímpar e de sentido de família.  “Obrigado, irmão, por ter sido este homem grande de família. Tudo o que fizeste por nós, teus irmãos, esposa, filhos, netos e outros, não cabem dizer nesta folha de papel, escrita com olhos repletos de lágrimas”, enalteceu Almiro Conde, irmão. 

Orlando Conde não somente é lembrado pelo seu ecletismo, mas também pelo inédito facto de, juntamente com os seus três irmãos, Geraldo, Elcidio e Chiquinho, este último ausente por motivos profissionais, terem protagonizado um momento inédito ao representar a selecção no Campeonato Africano de 1986.  “A maneira como te deslocavas em campo, parecia um autêntico cavalo. Voavas como um pássaro e cabeceavas parecendo um verdadeiro remate com os pés. És o meu ídolo, jamais te esqueço”, destacou Almiro Conde,  numa mensagem de Chiquinho Conde. Mesmo depois de ter passado para a reforma, nos campos, o malogrado não deixou de continuar a transmitir o seu conhecimento para as novas gerações. Facto que foi recordado por diversas personalidades.  “Como atleta, como sócio e como colaborador, sempre se destacou como um homem motivador, humilde, sorridente e amigo de todos. Representou muito bem a camisola verde e branca”, destacou, Bento Tomás, representante do Clube Ferroviário da Beira. 

Por sua vez, José Plácido, representante da Federação Moçambicana de Basquetebol, frisou que  “era  uma pessoa acessível a todos e,  isso,  nos deixa como um legado. Deixa-nos  um legado de que devemos ser simples e acessíveis, mesmo quando todas as atenções estão centradas em nós. Já o edil da Beira, Albano Carige, apelou aos beirenses e não só  para que “sejam fortes, ergam as cabeças, concretizem as viagens deste grande homem beirense, o que ele merece continuar vivo nos nossos corações”.

Os restos mortais de Orlando Conde repousam no Cemitério Santa Isabel, a sua última morada. 

Orlando Conde perdeu a vida aos 70 anos, sendo que o malogrado evidenciou-se como um desportista multifacetado ao praticar o futebol, basquetebol, atletismo e badminton.Para além de ter sido jogador e  dirigente do Ferroviário da Beira, Conde destacou-se como vice-presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol no elenco de Ilídio Caifaz. Aliás, em reconhecimento das suas qualidades natas, a Federação Moçambicana de Basquetebol, liderada por Paulo Salvador Mazivila, decretou um minuto de silêncio a partir de hoje até domingo. Read More O País – A verdade como notícia

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