Maio 21, 2025

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Chapo quer aumento da capacidade energética no país 

 O Presidente da República, Daniel Chapo, inaugurou, esta quarta-feira, em Maputo, a Conferência Internacional dos 50 anos da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), destacando o papel estratégico da empresa na estabilidade energética de Moçambique e da África Austral, e desafiando os participantes a reflectirem sobre o futuro da energia na região.

A conferência decorre sob o lema “Ontem, Hoje e o Futuro: Uma Empresa Estratégica e Estruturante de Moçambique e da Região”.

“É com elevado júbilo que me dirijo a todos os presentes nesta magna sala […] para proceder à abertura oficial da Conferência Internacional dos 50 anos da HCB”, declarou o Chefe do Estado, perante um auditório composto por académicos, líderes políticos, parceiros regionais e especialistas do sector energético nacional e internacional.

A cerimónia de abertura destacou a saudação especial do Presidente da República aos representantes de empresas congéneres da região, incluindo a Prodel (Angola), a National Transmission Company (África do Sul), a Zambezi River Authority e a ZESCO (Zâmbia), num gesto de reconhecimento à cooperação regional no domínio da energia.

Ao enaltecer o percurso da HCB, Chapo afirmou que a empresa se consolidou como um pilar do desenvolvimento económico e social do país, impactando sectores energéticos e socioeconómicos.

“A Hidroeléctrica de Cahora Bassa habituou-nos a intervenções que causem impacto sobre o ambiente em que está inserida”, frisou, destacando o seu papel na dinamização de projectos como a Hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa.

O estadista sublinhou ainda a importância da HCB no fornecimento de energia à África do Sul e a outros países da região, ao mesmo tempo que alertou para os desafios da capacidade instalada. “Os 2.075 megawatts que produz são os mesmos desde 1975, pelo que urge embarcar na implementação do plano de reabilitação e modernização”, afirmou, apontando a necessidade de garantir maior fiabilidade do sistema.

A Conferência Internacional foca-se em dois eixos de reflexão: o papel das centrais hidroeléctricas no desenvolvimento dos países e os desafios da sua gestão num contexto de eventos climáticos extremos.

Daniel Chapo alertou para os efeitos da seca severa que afecta a bacia do Zambeze desde finais de 2023, causada pelo fenómeno El Niño, e que tem comprometido a produção de energia hidroeléctrica.

No plano nacional, o Presidente da República reiterou o compromisso do Governo com a industrialização e a criação de emprego, através do aumento da capacidade energética. Mencionou projectos estruturantes em curso, como a central eléctrica de Temane (450 MW),

as centrais solares de Cuamba, Mocuba e Meteoro, e os futuros aproveitamentos hidroeléctricos de Boroma, Lupata e Chemba, como parte de uma estratégia de diversificação energética.

Dados do relatório Africa Energy Outlook 2024 indicam que Moçambique poderá tornar-se responsável por 20 por cento da produção energética africana até 2040, com uma capacidade projectada de até 187 GW, colocando o país entre os dez maiores produtores mundiais. “Queremos fazer de Moçambique o hub energético da região”, afirmou, desafiando os participantes a contribuírem activamente para esse objectivo.

O Chefe do Estado encerrou o seu discurso com um apelo à participação activa nos debates. “Quero assim convidar a todos os participantes a envolverem-se activamente nas discussões de hoje, colocando perguntas, fazendo comentários e partilhando ideias”, encerrou.  Read More O País – A verdade como notícia

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