
A Casa d’Artista Kutenga realizou, no último sábado, a nona edição do Celebrando Vidas. Durante a iniciativa anual, no Tchumeni I, na Cidade da Matola, escritores, músicos, actores, gestores culturais, entusiastas das artes e dirigentes juntaram-se para invocar a obra daqueles que têm contribuindo para a afirmação da cultura moçambicana.
Para enaltecer a figura do artista, a organização do Celebrando Vidas homenageou os que tornam a produção artística particular, nomeadamente, Ana Magaia, Aurélio Le Bon, Ídasse (ausente devido ao trabalho artístico), Orlando da Conceição, Pedro Chissano e Zé Pires.
Reagindo à homenagem, Ana Magaia agradeceu, primeiro, a Deus, cantando em ronga uma acção de graças. De seguida, a actriz agradeceu à Casa d’Artista Kutenga, em especial a cantora Elvira Viegas, pelo gesto e por ter reunido a família Magaia e amigos para juntos celebrarem a sua carreira, que dura há mais de 40 anos.
Tal como Ana Magaia, foi homenageado o músico e professor de música Orlando da Conceição. Em jeito de testemunho, o músico Timóteo Cuche, aluno de sempre do professor, falou do seu mestre e da importância dos seus ensinamentos na valorização da cultura, da tradição e do cruzamento de linguagens artísticas.
Para Cuche e para a família do mestre, Orlando da Conceição ensina para formar consciência crítica, daí que o seu percurso seja exemplo de resiliência.
A seguir a Orlando da Conceição, foi homenageado Pedro Chissano. Do escritor falou outro escritor, Marcelo Panguana, que destacou a obsessão do confrade pela perfeição.
Já os filhos de Chissano, lembraram um homem comprometido com as letras, que convive com escritores e serve os escritores. Os filhos têm no pai um homem correcto, que ensinou que prestígio não é subterfúgio para interesses individuais. Os filhos do escritor destacaram ainda um pai íntegro, rigoroso e justo, alegre e amigo de todas as gerações. Por isso ter conseguido fazer de cada um dos 11 filhos um projecto individual, com disciplina e muito amor.
A homenagem no Celebrando Vidas estendeu-se a Zé Pires. Do músico falou o locutor Izidine Faquirá, que destacou a importância da família Pires, com músicos e instrumentistas, na formação de Zé Pires.
Conforme lembrou Faquirá, Zé Pires sempre foi comprometido com a música, daí ter transformado a garagem de casa dos pais em espaço de criação de música. Nela grava vários músicos e transforma-se em produtor e técnico de som, um artista multi facetado.
Já os familiares do músico, irmãos e filhos, realçaram as suas qualidades, ora referindo-se a sua tendência para a curiosidade, ora apreciando a sua essência como homem.
Intervindo no evento, o Governador de Maputo, Manuel Tule, felicitou à organização das homenagens pela oportunidade que concedem aos familiares e amigos de falarem dos artistas laureados. “Espero que continuem dando o vosso máximo na actividade e na formação de mais artistas, para que a nossa cultura não pereça”, disse Manuel Tule.
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