Abril 18, 2025

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Manuela Madeira inaugura “Multiverso de sonhos e visões” na Fundação Fernando Leite Couto

 Na quarta-feira, a partir das 18 horas, a Fundação Fernando Leite Couto (FFLC), na Cidade de Maputo, vai inaugurar a exposição de pintura intitulada “Multiverso de sonhos e visões”, da artista plástica Manuela Madeira, com a curadoria de Yolanda Couto.

A individual de Manuela Madeira propõe a ideia de uma relação entre o “corpo” e os movimentos sócio-políticos para ultrapassar as barreiras que excluem os marginalizados das instituições de poder.

Para a Fundação Fernando Leite Couto, a artista Manuela Madeira também apresenta as mulheres como parte de um grupo unificado ou de indivíduos movidos por valores e interesses partilhados que são frequentemente afectados de forma desproporcionada durante as crises provocadas pelo homem.

Assim, na individual, momentos de fragilidade e determinação são retratados com apoio e empatia enquanto continuam os agentes que preservam, transmitem as suas tradições e conhecimentos ao longo de gerações.

“Com uma significativa propensão para o simbolismo e a metáfora, Manuela convida o espectador a embarcar numa odisseia visual onde a realidade e a metáfora convergem. Os sujeitos que habitam as telas não são meras figuras, são arquétipos, recipientes de emoções e portadores de histórias universais. Os rostos tornam-se espelhos que reflectem o espetro da experiência humana – a alegria, a tristeza, a saudade e a beleza inefável que emerge do jogo de luz e sombra”, pode-se ler na nota de imprensa da Fundação Fernando Leite Couto.

Numa mostra cuja cerimónia de abertura, nesta quarta-feira, 9 de Abril, na Galeria da Fundação Fernando Leite Couto, contará com a presença da artista, apresentam-se figuras representam maioritariamente mulheres, supostamente outras, se não negras, talvez árabes, fora do enclausuramento do espaço doméstico.

“Libertas, as figuras, expressam uma interioridade manifesta em toda a latitude da tela e ocupam completamente a visão do horizonte – tal qual o cume de uma montanha inteira, – vaga de mar capturado – ou cordão de árvore florestal -, imagem condensada é arremessada da distância aos nossos cílios, e neles colados transmovem a longínqua vastidão do mundo, das cidades de gentes e ruas invisíveis em universos paralelos”, escreve a socióloga e escritora Aida Gomes, citada na nota de imprensa da Fundação Fernando Leite Couto.

Manuela Madeira é uma artista moçambicana radicada na Irlanda. Nascida a 55 anos, em Nampula, cidade onde cresceu e fez os seus estudos primários, mudou-se para Maputo, onde obteve o grau de licenciatura em História (1998) na Universidade Eduardo Mondlane, e o Mestrado em Antropologia Social (2022), na Universidade de Manchester, no Reino Unido.

Enquanto baseada na Irlanda, Manuela Madeira procurou desenvolver a sua técnica artística e o processo conceptual, completando um portefólio artístico no Coláiste Chathail Naofa in Dungarvan, Co. Waterford e um Mestrado em Arte e Processo no Crawford College of Art and Design na cidade Cork.

Exposições recentes da artista incluem uma colectiva no Museu Nacional da Civilização Egípcia (NMEC), no Cairo, Egipto, e exposições individuais na Galeria Ile22, Alemanha, Fundação Fernando Leite Couto (FFLC), Moçambique, Akazi!ATL, Atlanta, Geórgia, EUA. Manuela expôs também na Irlanda, Itália e Bélgica. É também membro do Mor Artist Collective Ireland e membro do Nua Collective e artista colaboradora da sua plataforma de exposições de artes visuais.

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