Abril 16, 2025

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Oposição na Guiné-Bissau apela à paralisação de actividades a partir de hoje

 A oposição da Guiné-Bissau apelou à paralisação total das actividades no país, a partir desta quinta-feira, dia em que, supostamente termina o mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló, cinco anos após a tomada de posse.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou, no domingo, que vai marcar as eleições presidenciais e legislativas para 30 de Novembro, mas a oposição exige a sua marcação para Maio.

Contudo, Embaló considera que o seu mandato iniciou após a decisão do Supremo Tribunal sobre o contencioso eleitoral, que se seguiu às eleições de Novembro de 2019, ou seja, em 04 de Setembro de 2020.

Em resposta, o ex-primeiro-ministro guineense, Nuno Gomes Nabiam, na quarta-feira, num discurso em nome da coligação de oposição Aliança Patriótica Inclusiva apelou “à população para que fique em casa. Todos os mercados, lojas e escritórios estarão encerrado”, pediu ainda que os transportadores parassem todas as suas actividades. 

Pouco depois, o ministro do Interior, Botche Candé, respondeu ao apelo de Nabiam. “Continuem os vossos negócios em paz. Nada vai acontecer neste país. Tomámos as medidas legais previstas na lei para garantir a segurança das nossas populações”, afirmou o ministro, acrescentando que “todos os agentes da administração pública são chamados a apresentar-se nos seus locais de trabalho nos dias 27 e 28 de Fevereiro de 2025″. 

Uma missão de “alto nível político” da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) está actualmente em Guiné-Bissau, para falar com os actores políticos e a sociedade civil, em busca de consensos relativamente ao calendário eleitoral.

Na quarta-feira, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, Bubacar Turé, exigiu a retoma dos trabalhos da Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular.

A reposição da Comissão Permanente do parlamento, dissolvida desde Dezembro de 2023 por ordens de Embaló, iria permitir que fossem realizadas eleições no Supremo Tribunal de Justiça e que fosse escolhido um novo secretariado da Comissão Nacional de Eleições (CNE), destacou Turé.

A Liga e outras organizações da sociedade civil têm denunciado o facto de o Supremo Tribunal funcionar actualmente sem quórum de juízes e de o secretariado da CNE estar fora de prazo de mandato desde 2022.

As eleições legislativas antecipadas chegaram a estar marcadas para 24 de Novembro último, mas o Governo de iniciativa presidencial anunciou o seu adiamento, alegando falta de condições para a sua realização. Read More O País – A verdade como notícia

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