Abril 18, 2025

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“Dzimbadas” de Sérgio Zimba lançadas no Instituto Guimarães Rosa

 O livro “Dzimbadas”, de Sérgio Zimba, já tem data de lançamento. Os cartoons serão apresentados ao público esta terça-feira, às 17h30, numa cerimónia a ter lugar no Instituto Guimarães Rosa (antigo Centro Cultural Brasil-Moçambique), na Cidade de Maputo.

O livro será apresentado pelo humorista e cartoonista Bruno Belchior, num evento que terá como um dos convidados o poeta Tchaka Waka Bantu.

No seu prefácio, o escritor Marcelo Panguana refere que “Dzimbadas” transporta consigo personagens pescados na realidade circundante, com todos os tiques que a caracterizam: a violência, o amor, a esquizofrenia, a corrupção, o machismo, as politiquices, a estupidez, a mesquinhez e outras coisas que tais, e Zimba, prolonga-se Panguana ri-se deles, e para que o seu riso não seja solitário convoca-nos, para que sejamos capazes de rirmo-nos, todos, de nós próprios, página à página, nesse humor provocante, acutilante, elegante e por isso saudável.

“É exactamente este seu sentido de humor, que nos conforta, renova e nos redime de todos os nossos pecados. O resto não tem nenhuma importância”, escreve o escritor rendido ao cartoonista.

De acordo com Marcelo Panguana, Sérgio Zimba não precisa de recorrer a fervorosos discursos no alto de qualquer palanque para que a sua voz se oiça; não necessita de inventar metáforas como aquelas que decoram os livros dos escritores mais venerados do seu país; não tem necessidade de exibir panfletos pelas ruas para expressar o seu descontentamento; apenas lhe basta o papel, a caneta, a tinta-da-china, para dar evasão a esse sentido crítico que se manifesta através do seu sentido de humor.

“Trata-se duma espécie de militância que Sérgio Zimba persegue ao longo dos últimos anos e que o transformaram num dos humoristas mais credenciados desta pátria”, aponta Marcelo Panguana, citado num comunicado de imprensa sobre a sessão de lançamento do livro.

Os cartoons de Sérgio Zimba contam, de forma satírica, aquilo que acontece nos nossos conturbados dias, demostrando que um artista deve ser também um homem atento ao que ocorre em todas esferas sociais, um homem do seu tempo, um humorista que “não faz graça de graça”.
O livro “Dzimbadas” é uma edição da Editora TPC e conta com a maquetização de Bruno Belchior, de Madeira Zimba, revisão de Pedro Muzonda e coordenação editorial de Cremildo Bié.

Conforme disse ao jornal O País, no seu novo projecto, Sérgio Zimba reúne em livro um conjunto de cartoons diversificados. Partindo de um contexto afectado pela pandemia da COVID-19, Zimba retrata, vivamente, a vida social dos moçambicanos. Por isso mesmo, garante, os leitores “Vão encontrar no meu livro coisas sérias retratadas de forma hilariante, do nosso dia-dia”.

A ideia do livro “Dzimbadas” tem motivação “documental” e “memorialista”. Ao produzi-lo, o autor quis prender parte das situações que, em 2020, alteraram as rotinas dos moçambicanos e de vários cidadãos do mundo, numa crise sanitária com efeitos económicos muito graves.

Assim, em “Dzimbadas” há peripécias que lembram o poder dos mahindras (viaturas usadas pela polícia em Moçambique) na fiscalização dos que, nas barracas, teimaram em gozar o proibido prazer da convivência, num contexto em que as palavras de ordem eram “ficar em casa”.

Com o seu livro, Sérgio Zimba espera, portanto, manter a memória colectiva activa, de modo que os leitores saibam sempre como lidar com as pandemias ou com as crises que, ciclicamente, afectam os países. “Apesar de a COVID ter passado, as narrativas do livro continuam actuais.

Porque há mensagens intemporais. Até porque a COVID não é a primeira pandemia do mundo e pode ser que apareçam mais coisas. Esse aspecto da prevenção, por exemplo, é uma lição a manter”, sublinhou ao jornal O País.

SOBRE O AUTOR

Sérgio Salvador Domingos Zimba, do seu nome completo, nasceu no Hospital Distrital da Moamba, no dia 31 de Julho de 1963. É filho de Domingos Mundau Zimba (já falecido) e de Felismina Baloi Zimba. Toda a sua infância foi passada em Ressano Garcia, sua terra de coração.
Depois de concluir o ensino primário na localidade de em Ressano Garcia, seguiu para Namaacha, onde prosseguiu com os estudos secundários e posteriormente para a Escola Secundária Francisco Manyanga, na cidade de Maputo.

Começou a publicar os seus cartoons no Jornal Domingo, no ano de 1990. Tinha neste semanário uma rubrica denominada “Coisas de Maputo”. Colabora com várias instituições públicas e privadas.
No seu acervo bibliográfico conta com 12 livros publicados. Read More O País – A verdade como notícia

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