
A vila de Namapa, no distrito de Eráti, na província de Nampula, está sob segurança militar, desde o dia 27 de Dezembro, em consequência da vandalização de várias instituições do Estado. Durante as incursões, o chefe de operações da PRM foi assassinado e decapitado, e foram incendiados o Comando Distrital, o tribunal e a procuradoria distritais. A acção sugere tratar-se de terrorismo.
Namapa é a vila-sede do distrito de Eráti, limite entre as províncias de Nampula e Cabo Delgado, separados pelo rio Lúrio.
No dia 23 de Dezembro, um grupo, que se apresentou como manifestantes contra a proclamação dos resultados eleitorais, irrompeu na vila e começou a protagonizar actos que, na altura, eram vistos como de pequeno impacto.
O que parecia algo passageiro tomou proporções alarmantes. No dia 26 de Dezembro, o pior aconteceu. O número de malfeitores já era maior, dentre eles os chamados naparama, que se intitulam imortais à bala.
O tribunal e a procuradoria distritais, o Serviço Distrital de Educação, a residência oficial do administrador distrital, o edifício da Administração distrital (cuja imagem acompanha este texto), a cadeia distrital, o hospital distrital e algumas residências de directores distritais foram incendiados. O Comando Distrital da PRM e outras instituições do Estado também não foram poupados.
Nessas incursões de Dezembro, o chefe de operações da PRM foi assassinado e decapitado. Para repor a ordem, um contingente foi destacado para o terreno, saindo da cidade de Nampula.
“Podemos dizer que são os naparamas, mas para quem entende de estratégia militar diz que estavam misturados com terroristas, porque um naparama que sabe pegar na arma e disparar até acabar munições, não pode ser um simples naparama”, disse um funcionário local à nossa equipa de reportagem.
A vila está sob segurança militar desde o dia 27 de Dezembro. Neste momento, a Administração Pública não está a funcionar porque tudo foi incendiado. O administrador distrital tem dividido o tempo entre Namapa e a cidade de Nampula.
Houve mais duas baixas: um motorista dos carros militares e um agente da PRM. Do lado dos supostos manifestantes fala-se de oito indivíduos atingidos mortalmente pelas autoridades durante as acções de reposição da ordem e estabilidade públicas. Read More O País – A verdade como notícia
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