Janeiro 28, 2025

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Novas medidas do Banco de Moçambique são conservadoras, diz CTA 

 A CTA diz que a redução, pelo Banco de Moçambique, da taxa MIMO e de reservas obrigatórias dos bancos comerciais vão facilitar o acesso a empréstimos pelo empresariado. Os patrões dizem, entretanto, que o Banco Central deveria obrigar a banca a estender o prazo para cobrar juros de mora devido ao contexto de crise pós-eleitoral.

A decisão do Banco de Moçambique em reduzir a taxa de reservas obrigatórias em 10 por cento para a moeda nacional e 10,5 em moeda estrangeira faz parte das exigências feitas pelo sector privado durante o último trimestre do ano passado. A medida é acertada, diz a Confederação das Associações Económicas de Moçambique, CTA, porém afirma que tal devia ser acompanhado por outras medidas.

“Apesar de se tratar de uma medida positiva, que vem trazer algum alívio ao mercado e recuperar, paulatinamente, a confiança, ela peca por ser bastante conservadora, diferentemente da postura assumida no momento da subida da mesma, onde duplicou. E, atendendo ao fundamento do Banco de Moçambique para manter as taxas directoras altas, segundo o qual existe um elevado nível de liquidez no mercado”,  disse Paulo Oliveira, pelouro da informação na CTA.

O sector privado, que afirma que esta foi a única medida por enquanto atendida no universo do quadro proposto ao Governo em Novembro passado, acusa o banco central de nada ter feito para melhorar a economia. Segundo o sector privado, “ o Banco de Moçambique sugou moeda externa do mercado através das Reservas Obrigatórias estimadas em 1,8 milhões de dólares. Adicionalmente, o Banco Central sugou cerca de 286 milhões de dólares através de compras diversas de divisas no mercado.”

De acordo com a CTA, o Banco Central em coordenação com o governo deve de forma urgente arranjar mecanismos de facilitação de pagamentos das dívidas que muitas empresas têm para com os bancos centrais, à margem da queda do ambiente normal dos negócios no país.

“Actualmente no mercado, temos muitas empresas com facturas de importação não pagas há mais de 9 meses e com os respectivos termos de compromissos em aberto. Estes constrangimentos de liquidez em moeda estrangeira poderão afectar o processo de importação de equipamentos e acessórios das empresas afectadas pelas manifestações pós-eleitorais, atrasando, assim, a retoma das actividades produtivas pelas mesmas”, explicou Oliveira. 

Sobre a suspensão de projectos financiados pelos Estados Unidos da América, a CTA afirma categoricamente que a medida vai penalizar o ambiente de negócios durante o primeiro trimestre do presente ano. 

Sem dúvidas as actuais medidas decretadas pelos EUA vão afectar a entrada de divisas via porojectos paralisados que estavam em curso e que tinham financiamento directo dos pais hoje liderado Donald Trump. Reconhecemos que estes projectos também faziam parte da fonte de entrada de divisas e que alimentam as reservas nacionais”, lamentou Eduardo Sengo, Director Executivo da CTA.   

Tal como o Banco de Moçambique, a CTA tem dificuldades em fazer projeções do crescimento económico a curto e longo prazo devido às incertezas face à onda de protestos no país. Read More O País – A verdade como notícia

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