A LAM terá gasto mais de 71 milhões de Meticais com o aluguer do avião de carga, que nunca chegou a funcionar. A aeronave já foi devolvida ao país de origem por falta de certificação. O Instituto de Aviação Civil fala de incumprimento de requisitos para certificação e diz que a Boeing não reconhece as alterações feitas no aparelho.
“A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique – comunica que a aeronave Boeing B737-300, adquirida para o transporte dedicado d e carga foi retomada à procedência, pelo facto de não ter tido a certificação no território nacional”, explica a companhia aérea, num comunicado de imprensa.
A companhia de bandeira esclarece, ainda, por quanto tempo o avião ficou no país: “a aeronave em referência manteve-se em Moçambique desde 31 de Dezembro de 2023 e descolou do Aeroporto Internacional de Maputo no dia 18 de Janeiro de 2025, com destino a Jacarta, Indonésia”.
O nosso jornal sabe que a LAM pagava, mensalmente, 93 mil dólares por mês pelo aluguer da aeronave, o que corresponde a mais de cinco milhões de Meticais ao câmbio actual.
Isto significa que, num período de 12 meses, no qual o avião esteve em Moçambique, as Linhas Aéreas de Moçambique terão pago mais de um milhão de dólares, o equivalente a mais de 71 milhões de Meticais, ao câmbio do dia.
Mas afinal, o que terá inviabilizado o funcionamento deste serviço? Afinal, a aquisição da aeronave, desde logo, não envolveu a autoridade reguladora da aviação civil.
Como não podia ficar assim, o Instituto de Aviação Civil de Moçambique solicitou à LAM documentos para tratar da certificação do avião de carga.
Estes são parte dos requisitos solicitados pela autoridade reguladora da aviação civil, mas que não foram cumpridos.
O avião, segundo o Instituto de Aviação Civil de Moçambique, era de passageiros e foi modificado para ser carga. O fabricante, a Boeing, não reconhece as alterações feitas. Read More O País – A verdade como notícia
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