Janeiro 20, 2025

EcoNotícias

Explore o Mundo em uma Única Plataforma! Agregamos Notícias Relevantes para si

“Touros” lutaram até ao fim, mas “faraós” foram superiores

 A Associação Black Bulls encerrou, no domingo, a sua participação na Taça CAF com uma derrota, em Alexandria, diante do Al Masry do Egipto. Em seis jogos, o representante moçambicano somou uma vitória, um empate, quatro derrotas e foi a equipa que mais golos sofreu no Grupo D: 13. É uma experiência que serve para preparar a próxima participação, na edição 2025/26.

Um fim inglório de uma participação que esteve perto de ser perfeita, não fosse a derrota na última jornada, num jogo em que dependia de si para se qualificar para os quartos-de-final da Taça CAF, também conhecida como Taça Nelson Mandela.

A Black Bulls esteve perto de fazer história na sua primeira aventura na fase de grupos, ainda que tenha sido a segunda viagem africana na sua bagagem. É que, à entrada para a última jornada, os “touros” ainda estavam na luta pela qualificação, tal como outras duas equipas, o Al Masry do Egipto, seu adversário, e o Enyimba da Nigéria, que jogava também no Egipto, com o já apurado Zamalek.

Uma vitória do campeão nacional e um empate ou derrota do Enyimba colocavam a equipa moçambicana na fase do “mata-mata”, mas debalde. Três golos de Ben Youssef na primeira parte (22, 42 e 45 minutos) ditaram um resultado que não tinha nada de proveito, ainda que Rume tenha reduzido aos 57 minutos.

Vale dizer que o Zamalek ainda tentou ajudar, vencendo o Enyimba da Nigéria, mas em nada a valer para as contas da Black Bulls, que termina a fase de grupos na última posição, com quatro pontos, a um ponto do Enyimba da Nigéria, que terminou na terceira posição.

As duas equipas do Egipto (Zamalek, líder com 14 pontos e invicto, e Al Masry, segundo com nove pontos) garantiram presença nos quartos-de-final da prova.

Participação quase perfeita, mas inglória

Foi a segunda aventura da Associação Black Bulls nas competições africanas num intervalo de dois anos. Se na primeira terminou na primeira eliminatória, nesta o representante moçambicano pelo menos conseguiu chegar à fase de grupos da prova, em que conseguiu amealhar uma vitória e um empate.  

Porém a participação dos “touros” na prova não foi de todo positiva, tendo em conta que a equipa liderada por Hélder Duarte não conseguiu garantir o apuramento para os quartos-de-final. 

As quatro derrotas sofridas, duas diante do Zamalek, uma diante do Al Masry, ambas equipas do Egipto, e mais uma diante do Enyimba da Nigéria, condicionaram a presença do clube moçambicano noutra fase da competição.

A Black Bulls foi a equipa que mais golos sofreu no Grupo D, com um total 13, contra sete marcados. Só nos últimos três jogos os “touros” sofreram 10 golos e marcaram três.

Foram marcadores dos sete golos da Black Bulls: Ejaita (nas derrotas diante do Enyimba e Zamalek), Rume (um na vitória sobre o Enyimba e outro na derrota diante do Al Masry), Nené (no empate diante do Al Masry), Fidel, Ayuba (ambos na vitória sobre o Enyimba).

Vale dizer que os “touros” marcaram em cinco dos seis jogos disputados, falhando apenas no jogo inaugural, diante do Zamalek, em que perderam por duas bolas sem resposta.

Durante a participação na prova, a Black Bulls foi obrigada a realizar um dos três jogos caseiros fora de casa, ainda que na condição de anfitriã, devido à interdição do Estádio Nacional do Zimpeto.

Recorde-se que os “touros” voltarão a representar o país nas competições africanas, desta feita na Liga do Campeões, a partir de Agosto de 2025, para a edição 2025/26.

A experiência desta edição vai colocar alguns desafios aos “touros”, mas também as equipas moçambicanas nas afrotaças, agora também o Ferroviário de Maputo, na Taça CAF, entre eles a gestão do plantel, tendo em conta as épocas diferentes, do Moçambola e da CAF, e a questão do campo em condições para jogos internacionais.

Stellenbosch e Simba salvam região austral

Na Taça CAF, duas equipas salvaram a honra da região, nomeadamente o Stellenbosch da África do Sul e o Simba da Tanzânia.

Os tanzanianos lideraram o grupo A da fase de grupos com 13 pontos, somados graças a quatro vitórias, um empate e uma derrota, tendo marcado oito golos e sofrido quatro.

A antiga equipa de Luís Miquissone continua a mostrar-se grande ao nível do continente, chegando a várias fases do “mata-mata” ao longo dos últimos anos.

CS Constantine da Argélia terminou na segunda posição do grupo A, com 12 pontos, relegando o Bravos de Maquis de Angola, equipa treinada pelo moçambicano Almiro Lobo, na terceira posição com sete pontos.

Já o Stellenbosch da África do Sul terminou em segundo lugar no grupo B, com nove pontos, fruto de três vitórias e igual número de derrotas, tendo marcado seis golos e sofrido 10.

Os sul-africanos ficaram atrás do RS Berkane do Marrocos, líder com 16 pontos, a maior pontuação da fase de grupos.

Pelo grupo C, qualificaram-se o USM Argel da Argélia, líder com 14 pontos, e o ASEC Mimosas da Costa do Marfim, em segundo com oito pontos, ainda que os mesmos do ASC Diaraf do Senegal, mas vantagem no confronto directo.

Já no grupo D, em que estava inserida a Black Bulls, Zamalek e Al Masry, ambos do Egipto, foram as equipas qualificadas.

Vale dizer que vão ao sorteio dos quartos-de-final da Taça CAF, duas equipas do Egipto (Zamalek e Al Masry), duas da Argélia (USM Argel e CS Constantine), uma do Marrocos (RS Berkane), uma da Costa do Marfim (ASEC Mimosas), uma da Tanzânia (Simba SC) e outra da África do Sul (Stellembosch).

 

PRESTAÇÃO DA BLACK BULLS NA TAÇA CAF

RESULTADOS 

Zamalek 2-0 Black Bulls

Black Bulls 1-1 Al Masry

Black Bulls 3-0 Enyimba

Enyimba 4-1 Black Bulls

Black Bulls 1-3 Zamalek

Al Masry 3-1 Black Bulls

 

CLASSIFICAÇÃO

EQUIPA J P

Zamalek Egipto 6 14

Al Masry Egipto 6 9

Enyimba Nigéria 6 5

BLACK BULLS 6 4 Read More O País – A verdade como notícia

About Author