A selecção sénior feminina de basquetebol iniciou, este sábado, com os trabalhos de preparação tendo em vista a participação na fase de qualificação para o Afrobasket 2025, prova que vai decorrer de 2 a 10 de Fevereiro, em Luanda, Angola. Nilton Manheira acredita no apuramento de Moçambique para a competição.
O primeiro treino da selecção nacional de basquetebol sénior feminina iniciou com um grito de guerra que simboliza a garra e determinação que as jogadoras têm para esta empreitada, bem como a força no alcance do objectivo.
Trata-se do início de uma preparação para mais uma batalha continental, que vai ter escala em Luanda, Angola, e se quer que termine na Costa do Marfim, na fase final.
Indicado pela primeira vez como seleccionador nacional, Nilton Maneira é o homem escolhido para comandar o sonho de marcar presença no Afrobasket. Diz ser um orgulho dirigir o combinado nacional.
“Primeiro é com o tamanho e orgulho de estar aqui e agradecer a oportunidade que estão a me dar. E eu sei que neste momento sou o espelho para a maior parte dos treinadores que estão nas províncias. E é com este orgulho que eu quero fazer desta campanha também mais um sucesso”, disse Nilton Manheira.
Um sucesso que, para Manheira, deverá obedecer muitas etapas. O foco é no trabalho.
“Eu penso que agora não temos que olhar para o tempo que não temos. Agora temos que olhar para o que temos que fazer nos poucos dias em que nós vamos treinar. Então temos que nos preparar bem, temos que nos organizar bem durante os treinos. Temos que tentar recuperar. Sabemos que estamos com mais ou menos 80% da equipa do Ferroviário de Maputo que vem de uma competição em Dezembro. E vamos tentar aproveitar ao máximo essa componente para formarmos uma equipe com as jogadoras que também vêm das outras equipas. E eu acredito que com este pensar nós vamos atacar aquilo que são os objetivos de qualificar”, disse o seleccionador nacional.
Para esta empreitada foram eleitas 17 jogadoras para compor a selecção nacional, e as que estiveram presentes na sessão de sábado estão cientes da importância da competição, por isso só pensam no apuramento ao Afrobasket.
Stefânia Chiziane diz que o mais importante é a união, por forma a se conseguir o objectivo principal. “Tendo em conta que nós já conhecemos um pouco do que nos espera na qualificação, apesar do pouco tempo que temos para a preparar a equipa, temos noção disso, daí que só podemos trabalhar para que consigamos alcançar o nosso objetivo principal, que é qualificar para o AfroBasket 2025”, disse.
Por seu turno, Cecília Henriques olha para a experiência das jogadoras, principalmente as que estiveram na Liga Africana de Basquetebol feminino, ano passado. “Estamos já a preparar para conseguirmos chegar à fase final. Tendo em conta que a maior parte dos atletas que estão a se fazer presente, que recentemente participaram numa competição africana será vantajoso, tivemos um interregno, mas já estão a treinar o que vai ajudar, porque é exatamente isso que a seleção precisa”, disse.
O presidente da Federação Moçambicana de Basquetebol garante que há boas condições de trabalho para a selecção.
Recorde-se que para além de Nilton Manheira, treinador da equipa masculina de basquetebol do Ferroviário da Beira, campeã nacional, escolhido para assumir o cargo de seleccionador nacional, Carlos Dezanove, adjunto de Nasir Salé no comando da equipa feminina do Ferroviário de Maputo, que foi campeã nacional e campeã africana de 2024, será o adjunto seleccionador.
A selecção nacional será composta por 17 jogadoras, das quais nove do Ferroviário de Maputo, nomeadamente Dulce Magaia, Anabela Cossa, Silvia Veloso, Carla Covane, Stephania Chiziane, Ingvild Mucauro, Rosa Cossa, Cecilia Henriques, Bruna Argélio e Ornília Mulhui, seis do Costa do Sol, Cleide Machava, Yolanda Francisco, Nilza Chiziane, Vilma covane, Shelsia Rafael, Eleotéria Lhavanguane, e Maxaquene que contribui com Ineida Chelene.
Carlos Aik será o coordenador geral e Deolinda Gimo a coordenadora, enquanto Alberto Júnior, do Costa do Sol, é o fisioterapeuta. Manuela Bucuane, estatística, e Alexandre Mondlane, técnico de equipamento, ambos do Ferroviário de Maputo, também compõem a equipa técnica.
A selecção nacional vai disputar o apuramento ao Afrobasket entre 2 a 10 de Fevereiro próximo, em Luanda, capital de Angola. A referida janela estava inicialmente agendada para acontecer em Maputo, mas devido a situação política do pós-eleitoral a Federação Moçambicana de Basquetebol tinha sugerido à FIBA-Africa o adiamento para Março, sem ter resposta positiva.
A fase final do Afrobasket-2025 terá lugar na Costa do Marfim em Agosto próximo.
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