O Município de Maputo anunciou, esta sexta-feira, que precisa de duas semanas ininterruptas para estabilizar a recolha normal dos resíduos sólidos e acabar com as lixeiras informais na capital moçambicana, noticia a AIM, acrescentando que a informação foi partilhada em conferência de imprensa realizada na Maputo, pelo Vereador de Infra-estruturas e Salubridade, João Munguambe.
Segundo a AIM, o Vereador de Infra-estruturas e Salubridade disse que Ka Maxakeni, Ka Mubukwana, Ka Nlhamankulo e Ka Mavota são os distritos urbanos mais críticos e que vão merecer uma especial atenção da edilidade. “Há este duplo esforço por parte do município e nós estamos a mobilizar o apoio por parte de parceiros públicos e privados, bem como meios adicionais para poder fazer a recolha”, cita a fonte.
O Vereador de Infra-estruturas e Salubridade explicou que o duplo esforço refere-se à recolha dos resíduos sólidos produzidos diariamente, cerca de 1.800 toneladas, incluindo cerca de 6 a 9 mil toneladas não removidos durante as paralisações.
Na notícia da AIM, segundo Munguambe, os manifestantes vandalizaram equipamento de um dos principais provedores, o que contribuiu para a redução da capacidade instalada: “Estamos a trabalhar no sentido de repor a capacidade, mas também reconhecemos que, para resolver o problema dos resíduos sólidos que deixaram de ser removidos, precisaríamos de mais ou menos duas semanas de trabalho intenso com o reforço de meios adicionais. Prevê-se a sua chegada ao longo deste fim-de-semana e próxima semana, por forma a estabilizar a situação”.
O Vereador de Infra-estruturas e Salubridade, spesar das dificuldades, considera que a situação da salubridade na cidade de Maputo tende a normalizar, pois já há sinais visíveis no distrito de Ka Mpfumo, o centro da capital do país. De igual modo, avança, também existem resultados visíveis, nos distritos de Nlhamankulo, Ka Maxakeni, Ka Mavota e Ka Mubukwana, que apresentam o maior número de munícipes, “mas estamos a trabalhar nesse sentido e, acreditamos que os próximos dias serão melhores”.
Questionado sobre as micro-empresas, responsáveis pela recolha primária dos resíduos sólidos no interior dos bairros para os camiões de recolha secundários, garantiu que a mesma está sendo feita, ainda que não seja em todos bairros devido à falta de meios.
Por entender que não é uma tarefa fácil, o município lançou um concurso para aquisição de mais 100 contentores de lixo, sendo 80, plásticos, de 1.100 litros, e os restantes metálicos. “Esse processo está em curso, já se fez a adjudicação e aguardamos que, a qualquer momento, o fornecedor possa começar a fazer a entrega”, acrescentou.
O Vereador de Infra-estruturas e Salubridade lembrou ainda que, o concurso foi feito antes do período das manifestações, “um processo normal de reforço da nossa capacidade e, a perda de cerca de 67 contentores significa uma reposição em pouco mais de 20 contentores, visto que, neste momento temos 10 viaturas asseguradas”.
Na publicação online da AIM, consta que o Vereador de Infra-estruturas e Salubridade deplora a atitude dos munícipes que vão depositar lixo defronte de algumas instruções públicas, como a Electricidade de Moçambique: “Não estão a ajudar, podem achar que estão a fazer uma pressão, sim, reconheço. Uma coisa é ter o lixo no chão, num lugar concentrado, e outra coisa é teres uma estrada fechada com lixo”.
O Vereador de Infra-estruturas e Salubridade apelou aos munícipes para que sigam exemplos positivos de outros munícipes, que varrem e limpam os seus bairros.
Read More O País – A verdade como notícia
More Stories
Governo de São Tomé demitido
Primeira-Dama entrega duas salas de aula ao ensino primário
Nyusi inaugura Hospital Distrital de Matutuíne em Maputo