Há um corpo de uma vítima de baleamento no dia 24 de Dezembro, no bairro Benfica, na Cidade de Maputo, que desapareceu na morgue anexa ao Hospital Central.
O Município da capital do país, que gere as morgues, diz desconhecer o caso. Até hoje, o funeral não foi realizado.
Rostos fúnebres e incrédulos… A tristeza invade os corações da família de Sidônio Chivambo e as lágrimas inundam os olhos.
O homem de 38 anos de idade terá sido baleado pela Polícia, na noite do dia 24 de Dezembro, no bairro Jorge Dimitrov, mais conhecido por Benfica, na cidade de Maputo.
Aos prantos e inconsolável, a viúva, Maria Marrambe, conta que o marido não estava nos protestos e encontrou a morte quando voltava da casa de sua mãe, que está doente. Saiu e nunca mais voltou para casa.
Mesmo depois da sua morte, achar o seu corpo não foi nada fácil. E o que tinha acontecido com ele, só viria a confirmar-se com a localização e reconhecimento do corpo na morgue anexa ao Hospital Central de Maputo, lamentou Anabela Chivambo, irmã da vítima.
A família foi atrás da documentação para a realização do funeral e, no meio do processo, quis ver como é que o corpo estava conservado e soube que já não estava na morgue.
Já no dia do enterro, na manhã de sábado, a família dirigiu-se à morgue para buscar o corpo e este, simplesmente, desapareceu.E isto forçou o cancelamento do funeral previsto para às 09 horas daquele sábado, 28 de Dezembro, contou António Pedro, familiar da vítima.
Os familiares exigem explicação de quem é de direito. As estruturas do bairro dizem que Sidónio nunca foi de se meter em problemas. Apenas esteve no sítio errado e na hora errada.
Este jornal contactou o Município de Maputo, que gere a morgue anexa ao HCM, para saber o que terá acontecido.
A Direcção de Saúde e Acção Social na edilidade da capital do país diz desconhecer o caso. Acrescenta que os casos de mortes que não sejam por causas naturais, os corpos não ficam na morgue, mas são levados para a medicina legal do Hospital Central de Maputo.Sucede que no documento passado pelo chefe de quarteirão indica que Sidónio faleceu vítima de doença, depois do internamento no HCM.
Sobre o caso, contactámos o departamento de comunicação da maior unidade sanitária do país e a PRM, na capital do país, mas sem sucesso.
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