Há contentores de arroz retidos no porto de Maputo e que a sua saída dependerá da situação de ordem e tranquilidade nos próximos dias. A informação foi avançada pelo Governo, após um encontro com a câmara de comércio Moçambique-África do Sul.
Composta por 25 empresas, a câmara de comércio Moçambique-África do Sul é das que mais usa o corredor de Maputo, para entrada e saída de produtos, um movimento paralizado nos últimos dias devido às manifestações pós-eleitorais.
E porque a via esteve condicionada para o abastecimento nos principais estabelecimentos comerciais, algumas das quais vítimas de vandalização, o Governo afirma haver produtos que deram entrada por via marítima, mas que a sua saída para o mercado é refém da situação da ordem nas ruas.
“O MPDC partilhou conosco a chegada de alguns navios de produtos alimentares, especificamente o arroz, mas que não podem sair do Porto de Maputo, porque os camiões não podem circular por causa da situação”, disse Silvino Moreno, ministro da indústria e comércio.
As empresas decidiram criar um grupo de gestão de crise, com olhos postos na recuperação da estabilidade e retoma normal das suas actividades.
“Eles de forma organizada criaram um grupo de gestão de crise, que é um grupo que olha para as operações de forma diária e, em boa parte das empresas, usam o corredor de Maputo. Portanto, recebem os seus produtos, as matérias-primas e produtos acabados a partir da Fronteira de Ressano Garcia. Este grupo de crise também está a gerir o uso do corredor, porque é um dos grandes empreendimentos que lhes serve. Estamos a falar do Porto de Maputo, MPDC, do próprio Shoprite, que importa diariamente milhares de toneladas de produtos, que nós consumimos”, acrescentou.
Neste momento e em coordenação com a África do Sul, o Governo garante que o corredor de Maputo está operacional. No local, Silvino Moreno confirmou através das garantias obtidas pela empresa Sasol, a continuidade das suas operações no solo pátrio.
A câmara de comércio de Moçambique áfrica do sul composta por multinacionais garantiu, esta segunda-feira, que os seus membros fazem de tudo para o abastecimento dos produtos de primeira necessidade, a fim de evitar a crise no seio das famílias.
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