O Ministério dos Recursos Minerais e Energia, através da Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, garante que há combustível suficiente para três semanas em todo país. Moisés Paulino pede apenas que haja condições criadas, de segurança, para que o abastecimento seja efectivo.
A procura de combustível nos postos de abastecimento tem sido o grande martírio dos automobilistas nos últimos dias. Com bombas de combustíveis encerradas em vários postos de abastecimento, as enchentes têm se verificado naqueles que se encontram abertos.
Apesar do caos que se verifica um pouco por todo o país, a Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis garante que a situação não é derivada da falta do líquido, mas sim devido a situação que se vive no país, o que acabou provocando a vandalização de uma centena de postos de abastecimentos.
“Desde que início das manifestações já foram vandalizados 100 postes de abastecimento de combustíveis. E porque o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, através da FUNAE, e o sector privado são parceiros aqui, os dois acabaram por sofrer com esta situação”, disse, realçando ainda que “o sector privado estava reticente em voltar ao mercado, mas nas últimas 72 horas mantivemos encontros coordenados e chegamos a conclusão de que era possível voltar-se a operar neste sector, mas devíamos ter segurança nos postos de abastecimento e no transporte do combustível até que chegue ao consumidor”.
Com a situação estável, a partir deste sábado, Moisés Paulino garante regresso ao abastecimento nos postos que não foram vandalizados.
“Temos combustível para os próximos 25 a 30 dias para distribuição”, promete Moisés Paulino, director nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, que garantiu que nas grandes cidades, onde estavam a ter enchentes, os postos voltaram a funcionar e gradualmente voltarão em todo país.
“Queremos garantir que haja combustível para todos e que nesta quadra festiva haja combustível para todos que queiram se deslocar por este país adentro”, disse.
Mas para tal é preciso que se criem condições de segurança para que os camiões cisternas cheguem aos postos de abastecimento. “Queremos pedir muita calma e ponderação no sentido de saberem que temos combustível suficiente para quadra festiva e para depois da quadra e não há necessidade desta azáfama do líquido. Mas queremos pedir que haja segurança nos postos de abastecimento, que não haja vandalização e que a população colabore. Mas também pedir que haja segurança das vias por forma que os camiões cisternas cheguem a todos locais para abastecer em todos os postos”, pedoi Moisés Paulino.
O director nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis diz que não pode avaliar os danos causados pela vandalização aos postos de abastecimento, o que será feito nos próximos dias.
“Os 100 postos vandalizados foram em todo país, mas com destaque para as grandes cidades, nomeadamente em Maputo e Matola. Por ora não posso precisar os prejuízos e nem os custos da sua reposição, mas estão a fazer levantamento e nos próximos dias poderemos dar mais detalhes. O que posso dizer é que o sector privado tem como fim último o lucro e vão fazer o levantamento total e já concordamos que eles devem repor os postos”, garantiu.
Em relação ao gás de cozinha, Moisés Paulino garante stock para os próximos três meses, mas que é preciso que haja segurança para que se faça a distribuição. Read More O País – A verdade como notícia
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