Janeiro 18, 2025

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Elísio Macamo diz que polícias estão desamparados pelos seus chefes 

 Pode ser o desamparo dos agentes da polícia por parte dos seus superiores que leva as forças policiais a assistirem, sem agir, aos saques de lojas e destruição de bens, diz o sociólogo Elísio Macamo. Já o politólogo João Ferreira acredita, que apesar de tudo, a polícia tem sabido gerir a situação social no país.

Os analistas falavam no espaço de entrevista do Jornal da Noite, na véspera do natal. O prato principal foi o discurso do ministro do interior, feito, esta terça-feira à noite, sobre a situação do país.

Pascoal Ronda afirmou haver alguma ligação entre os protestos pós-eleitorais e o terrorismo em Cabo Delgado. Para Elísio Macamo esta não devia ter sido a questão de fundo do ministro.

“O país está a arder e ele está a falar de conspiração, naquele jeito tipicamente moçambicano de sempre procurar alguém responsável lá fora, de sempre procurar um factor externo que explica a nossa própria incompetência”, disse o Sociólogo Elísio Macamo. 

 Em alguns vídeos amadores, a polícia aparece,aparentemente, sem acção, quando populares saqueiam lojas e incendeiam edifícios. Para Macamo, isso revela o desamparo dos agentes policiais por parte de seus chefes.

“Mas o que é chocante nessas imagens não é a ausência do Estado, é o desamparo dos agentes policiais por parte dos seus próprios chefes, do comandante-geral da polícia. O que choca naquela imagem  daqueles polícias não é o facto deles não estarem a fazer nada, o quê que vão fazer se ninguém lhes organizou (…) se ninguém lhes equipou, se alguém lhes atirou sozinhos para a rua. Não vão fazer nada”, acrescentou.  

O politólogo João Pereira, por sua vez,  entende que, apesar de tudo, a polícia tem estado a agir com cautela. 

“[A polícia] tem tentado ao máximo controlar a situação, mas também tem um dilema, porque se aumentar a violência perante os cidadãos (…) também serão condenados por várias organizações da sociedade civil”. explicou. 

 De forma geral, João Pereira entende que os saques resultam da ausência de Estado.

“Quando existe ausência de Estado e um contexto apropriado, praticamente, emergem grupos criminosos, até mesmo a nível dos bairros”, concluiu. Read More O País – A verdade como notícia

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