O Partido PODEMOS diz que não concorda com os resultados eleitorais, proclamados pelo Conselho Constitucional (CC), por ignorar as provas apresentadas. Contudo, Albino Forquilha garante que os 43 deputados eleitos tomarão posse em Janeiro.
Albino Forquilha chamou a imprensa, nesta terça-feira, para apresentar o posicionamento do PODEMOS sobre a validação dos resultados das eleições gerais de 9 de Outubro.
“O Partido Podemos não reconhece e nem aceita em absoluto os resultados eleitorais validados e proclamados pelo Conselho Constitucional. Consideramos como razão de fundo para a não aceitação dos mesmos resultados, a falta de transparência, a integridade, profissionalismo, responsabilidade dos órgãos de gestão da administração eleitoral e, em última instância, o Conselho Eleitoral. A verdade eleitoral das eleições de 9 de Outubro de 2024 está intacta nas urnas. Ela expressa a vontade dos moçambicanos na escolha do Presidente da República, deputados da Assembleia da República e dos membros das Assembleias Provinciais”, defendeu Forquilha.
O presidente do partido PODEMOS diz que o colectivo de Juízes conselheiros foi legalista e tecnicista e fez má interpretação das actas e editais por si entregues.
“Nós, quando submetemos o nosso processo de impugnação, esperávamos, e é de lei, que o Conselho Constitucional se pronunciasse especificamente com relação ao processo. E, nesta altura, no pronunciamento, poderiam muito bem ter explicação do que não terão percebido, porque foi mesmo uma questão de precisão ou só negar, portanto, a verdade que vinha do processo. Quando falamos, portanto, de 59% do que contabilizamos, à média, não estamos a falar do total. E o que trouxe praticamente o Conselho Constitucional era o entendimento de que aquilo que nós tínhamos feito as contas, portanto, com o número total dos licenciados, então ultrapassaria e não deixaria margem nem para a abstenção. Não é verdade. Eles não interpretaram correctamente o que está lá escrito”, disse Forquilha.
Albino Forquilha não concorda com os resultados, mas tem uma certeza.
“Os nossos deputados são os justos eleitos. Portanto, se existe uma entidade que vicia os resultados, rouba os resultados de um povo, essa entidade não somos nós. Nós não estamos a controlar os processos eleitorais. Então, o que quero dizer é que os deputados do PODEMOS foram legitimamente eleitos pelo povo. Portanto, não haverá razão alguma para não procederem com o seu processo político, com a sua vida política”.
Contudo, o Presidente do PODEMOS promete continuar na busca pela verdade, através de meios políticos e jurídicos e condena a vandalização de bens durante os protestos.
“A mensagem que nós lançamos, aquela que sempre dissemos, as manifestações são de direito e é uma reclamação por aquilo que nos foi roubado. Entretanto, nós nunca apoiamos que as manifestações sejam violentas. Por isso, falamos como estamos a falar, temos que falar de outras formas e continuaremos a falar para todos aqueles que apoiam, portanto, esta causa, é uma causa justa, para que nunca vandalizem coisas, propriedades alheias, nunca façam, a política por violência ou etc, etc.”, apelou.
E mais. “O nosso apelo é que todos aqueles que vandalizam propriedade, mesmo os bloqueios profundos das vias públicas a certas entidades, que às vezes até bem serviram a nós, não deviam acontecer”. Read More O País – A verdade como notícia
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