Dezembro 17, 2024

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Primeiras horas do último dia das manifestações caracterizadas por calmia na cidade de Maputo

 As primeiras horas do penúltimo dia das manifestações pós-eleitorais foram calmas e sem muita agitação ao longo das principais avenidas da cidade de Maputo, não obstante a ausência de transporte de passageiros. Na ausência dos operadores, os mototaxistas aparecem como alternativa.

As primeiras horas foram caracterizadas por ambiente calmo, avenidas e paragens vazias na capital do país. Ao contrário dos últimos dias, no sétimo e último dia da presente fase de manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, viu-se pouco barramento de trânsito ao longo das principais vias, os carros particulares eram quase os únicos vistos em circulação.

Pela Guerra Popular, homens e mulheres chegavam ao centro da cidade, após caminhar longas distâncias a pé.

“Eu trabalho em Mavalane, vou até a baixa. Vou ao trabalho, por obrigações profissionais tenho que estar lá, tem umas certas situações que eu tenho que desbloquear. Então, saí de casa depois das oito e não tinha como ter o meu transporte, por isso estou a caminhar. Nos dias anteriores o lema é acordar cedo, chegar até a baixa da cidade antes das oito horas para não passar por situações dessa natureza, porque até essa hora consegue-se circular”, relata Anifa Mulima.

Anifa não é a única que foi obrigada a caminhar até chegar ao posto laboral, Carlos Machava saiu do bairro Patrice Lumumba até a baixa da cidade.

“Com o destino a baixa da cidade, acho que essa é a quarta ou a quinta água só para poder refrescar e recuperar as forças. Já tem sido assim nos últimos dias, temos que nos esforçar para poder chegar ao destino, o que não está a ser fácil devido a essa situação, não há transporte, não há nada e estamos neste caos”, relata Carlos Machava, após percorrer quase 10 quilómetros até ao seu local de trabalho

Apesar da circulação normal das viaturas, nenhum transporte de passageiros entrou em circulação durante as primeiras horas, e os mais afectados pedem trégua.

“Eu penso que o problema já está iminente, as partes devem sentar e discutir uma melhor solução para o povo, porque não vale a pena termos o egoísmo, acharmos que não podemos resolver, sentarmos com o trem, mas o que está em jogo é a vida de toda uma nação, vale a pena sentarmos e discutirmos o problema do povo.

A normalmente movimentada paragem, 24 de Julho, esquina com a Guerra Popular, está vazia, sem carros e sem passageiros. Aliás, os únicos passageiros que buscavam transporte dentro da cidade recorreram ao mototáxi. Não era habitual no centro da cidade, mas com a ausência dos transportes de passageiros, os mototaxis ganharam lugar.

“É um pouco através desses problemas de falta de chapa, então nós conseguimos carregar daqui para o mercado Adelina e cobramos a partir de cinquenta meticais em vez de ser meticais, mas cobramos consoante o destino do passageiro, também evitamos ir para lugares mais distantes por temer os manifestantes” explica Jorge mussa, operador de Mototaxi.

Aliás, os únicos transportes que conseguiram entrar na capital do país permaneceram parados até depois das quinze horas, e os operadores falam de maus dias. Estes relatam que devido a situação das manifestações só fazem por dia três viagens.

A pouca fluência de pessoas nos últimos dias no centro da cidade está a penalizar os vendedores de bens e serviços. Alguns estabelecimentos comerciais e serviços permaneceram fechados e os que abriram funcionaram a meio gás. Read More O País – A verdade como notícia

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