Professores de cinco escolas em Gaza suspenderam a realização dos exames finais, esta quarta-feira, em protesto a falta de pagamento de horas extraordinárias.
Os exames finais da 10ª e 12ª classes arrancaram na segunda-feira a escala nacional e tudo apontava para um processo sem sobressaltos na província de Gaza.
Entretanto, o cenário mudou esta quarta-feira, professores de pelo menos cinco escolas secundárias, nos distritos de Chibuto, Mandlakazi e Limpopo interromperam os exames.
“Devido a resistência do Governo em pagar as horas extras, referentes aos anos de 2022, 2023 e 2024, determinamos, a partir de hoje, pela paralisação total das actividades de controlo dos exames” disse um professor.
“Sem regularização do valor em dívida não há espaço para diálogo. Esperamos pelos nossos alunos na segunda chamada”, concluíram os professores.
Os professores das escolas secundárias de Chibuto, Chimundo, Licilo e Chigivitane, por exemplo, recusaram-se a entrar nas salas de exame. “É a única forma de pressão, após sucessivas inverdades e promessas do Governo”.
Empunhando dísticos, entoavam, no recinto escolar, cânticos de protesto. Em causa está o não pagamento de horas extraordinárias dos anos 2022, 2023 e 2024.
“É o nosso grito de socorro: dinheiro na conta, professores nas salas”, finalizaram.
Foi uma manhã e tarde agitadas, pois alunos abandonaram os exames nas carteiras e juntaram-se aos professores.
Nas demais escolas secundárias da província de Gaza, houve realização de exames. Na escola Secundária de Chókwe, por exemplo, todos professores estiveram na escola para controlar os exames.
“Desde às primeiras horas não registamos nenhum sobressalto. Professores e alunos fazem-se às salas e o processo decorre normalmente”, garantiu, o diretor da escola.
Em Gaza, cerca de 45 mil alunos da 10ª e 12ª classes realizam exames finais. Read More O País – A verdade como notícia
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