O presidente do partido PODEMOS diz que ainda não há condições para Venâncio Mondlane participar do diálogo com o Presidente da República e que ninguém do partido irá representá-lo, enquanto os processos na Procuradoria Geral da República não forem retirados. Albino Forquilha diz ainda que não vai aceitar anulação dos resultados sem nenhuma fundamentação.
O presidente do PODEMOS, Albino Forquilha, explicou que foi consensual que Venâncio Mondlane não participasse do diálogo com o Presidente da República e que não haverá diálogo enquanto não forem extinguidos os processos contra o candidato presidencial e contra o Partido .
Mas este não foi assunto pelo qual o PODEMOS chamou a imprensa, esta terça-feira. A intenção era falar das propostas para o fim da actual situação do país, dando principal enfoque a reposição da “verdade eleitoral”.
“Já houve eleições, pagámos-las, pagámos muito dinheiro para essas eleições, e se forem, portanto, para serem invalidadas, tem que haver apuramento muito profundo das causas, ou seja, de quem provocou o problema, tem que haver uma responsabilização muito séria. Este é o primeiro ponto, só não havendo condições para este ponto, não havendo elementos concretos que nos permitam ir à justiça eleitoral, poderíamos referir o plano B para o PODEMOS”, disse Forquilha.
Fala também de outras questões como a redução de poderes do Presidente da República e a autonomia dos poderes legislativo e judicial.
“Estes precisam de ter autonomia, ainda que interdependentes, mas precisam ter a sua autonomia, porque tendo essa autonomia, há de ser difícil continuar com a partidarização e essa interferência, para que recebam instruções para violar a lei eleitoral ou para cometer fraudes. Esta, penso que é uma solução importante para nós. A outra que achamos importante é, de facto, aprovar uma lei de partidos políticos que possa abolir, extinguir por completo a Comissão Nacional de Eleições, o Secretariado Técnico da Admissão Eleitoral, o Conselho Constitucional e encontrarmos a criação de uma Comissão Independente e uma Comissão Eleitoral Independente e que tenha apenas técnicos, não partidos políticos”, acrescentou.
Albino Forquilha avançou mais propostas. “Temos também que compreender que os partidos políticos submetem as suas candidaturas através de uma lista plurinominal, para a Assembleia da República, para a representante do povo. Nós advogamos para a solução, temos que extinguir também isto, uma lei que proíba isso, mas que os partidos políticos, ou seja, representantes na Assembleia da República sejam eleitos de forma direta”, explicou.
O presidente do Podemos acrescenta que as manifestações não irão parar até a reposição do que chama de verdade eleitoral, mesmo depois da proclamação dos resultados pelo CC.
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