As moções referentes à continuidade ou não do executivo francês surgem depois de o primeiro-ministro de centro-direita e antigo comissário europeu ter apelado, segunda-feira, ao governo de três meses para que assumisse a responsabilidade pelo projecto de orçamento da segurança social.
De acordo como o Notícias ao Minuto, a sessão parlamentar sobre as moções de censura foi agendada para as 16h locais, segundo as fontes contactadas pela AFP.
Barnier deverá falar sobre a crise às 20h de hoje, respondendo à pergunta da imprensa em dois canais de televisão em directo da sua residência no Hôtel Matignon.
O primeiro-ministro, de 73 anos de idade, atribuiu ao executivo a aprovação do orçamento da Segurança Social sem votação, insistindo que tinha “chegado ao fim do diálogo” com os grupos políticos.
A decisão expôs o governo a uma moção de censura que tem todas as hipóteses de ser aprovada, com a esquerda e a extrema-direita a anunciarem que a votarão favoravelmente.
“A queda de Barnier é um dado adquirido”, considerou a líder parlamentar do grupo de esquerda radical França insubmissa, Mathilde Panot, segundo o Notícias ao Minuto.
O deputado socialista Arthur Delaporte defendeu que o governo irá cair porque a União Nacional, que lhe deu um “apoio incondicional”, deixou de apoiar o executivo.
Nomeado em 05 de Setembro, Barnier fez algumas concessões e recuou nos esforços exigidos aos franceses face à derrapagem das finanças públicas, mas não foi suficiente.
“Censurar este orçamento é, infelizmente, a única forma que a Constituição nos dá para proteger o povo francês de um orçamento perigoso, injusto e punitivo”, declarou, esta terça-feira, a líder parlamentar da União Nacional, Marine Le Pen, pode-se ler na mesma fonte.
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