A Associação Black Bulls iniciou, sábado, os trabalhos de preparação, com vista ao jogo de domingo próximo, diante do Al-Masry do Egipto, a contar para a segunda jornada do grupo D da fase de grupos da Taça CAF. Hélder Duarte mostrou-se preocupado com algumas lesões que apoquentam o grupo, bem como com o facto de alguns jogadores não terem renovados seus contratos, que terminaram a 30 de Novembro passado.
A derrota no Egipto, na estreia na fase de grupos da Taça CAF, também conhecida como Taça Nelson Mandela, fica para trás. Há que levantar a cabeça e olhar para o futuro, onde ainda tem cinco jogos por disputar, por forma a ocupar uma das duas vagas do grupo que dão acesso aos oitavos-de-final da competição.
A próxima partida é já no domingo, no Estádio Nacional do Zimpeto, diante do Al-Masry, também do Egipto, para a segunda jornada. E a Black Bulls já começou a preparar esse embate de grande importância para as suas contas.
Até lá, a Black Bulls poderá realizar cerca de oito a dez sessões de treinos, entre diários e bi-diários, tanto na Arena Lalgy, seu quartel general, como no Estádio Nacional do Zimpeto, palco do jogo de domingo.
Entretanto, uma das preocupações de Hélder Duarte, treinador dos “touros”, são as lesões que apoquentam a colectividade. Uma delas é de Ernan, guarda-redes que não foi utilizado no Egipto. “Não sei, nós estávamos a contar com o Ernan, infelizmente não conseguimos, mesmo o próprio Vítor. São rupturas musculares, às vezes há avanço e recuos no dia-a-dia, não sei se vou conseguir contar com eles”, disse Duarte, que também abordou a situação de Kadre, que no jogo da quarta-feira passada sentiu uma pequena picada, mas que entretanto já trabalha com os restantes colegas, ainda que com algumas cautelas.
“O Kadre sentiu uma pequena picada ali na parte posterior do músculo. Nós, infelizmente, não temos, aqui, máquinas para avaliá-lo. Se foi só uma pequena contratura, uma pequena coisa de esforço ou se foi mesmo uma ruptura”, disse ainda na semana passada.
Jogadores em fim de contrato
Mas as preocupações de Hélder Duarte não terminam nas lesões: há jogadores em fim de contrato e que não se sabe se continuam ou não nos “touros”.
Sem especificar os nomes dos jogadores, Duarte apenas disse que “tenho atletas que vão terminar o contrato, no dia 30 de Novembro, e não sei se vão poder competir, porque vão acabar o contrato e já não fazem parte do clube. Não sei se vão poder competir. Isto é um problema, porque nós competimos fora dos outros calendários europeus e da África e criamos este tipo de problemas”.
Esclareceu ainda que nenhum sai por opção técnica, realçando apenas que conta com todos, mas sem saber se vão poder dar o seu contributo, estando em fim do mandato, tendo em conta que “ficamos limitados porque não podemos inscrever jogadores e temos este tipo de limitações”.
Jogadores com muitos jogos nos pés
A preocupação de Hélder Duarte em relação à contratação de jogadores, algo que só ocorrerá em Janeiro próximo, quando abrir o mercado de transferências, é derivado do facto de muitos atletas da Black Bulls terem realizado muitos jogos, comparativamente com seus adversários.
Em relação aos adversários nas competições africanas, por exemplo, tanto as equipas do Egipto, o Zamalek e o Al-Masry, bem como o Enyimba da Nigéria, fizeram menos de dez jogos esta temporada, contrariamente aos mais de 40 jogos já efectuados pela Black Bulls.
“Se vocês compararem com a equipa do Songo, que neste momento fez 24, 25, nós estamos com 43, estamos com mais 20 quase. Por isso, são realidades diferentes e se nós queremos estar a este nível também temos que obrigar os jogadores a ter mais competição e a estar mais tempo no activo, para eles se adaptarem a estes grandes focos”, disse Duarte.
“É preciso investir no futebol moçambicano”, Hélder Duarte
Aliás, Hélder Duarte, treinador da Black Bulls, disse, após o jogo com o Zamalek, na quarta-feira, que as equipas egípcias eram difíceis de defrontar, uma vez que estão ao nível das equipas das Europa, para além de que levam muito a sério o seu campeonato e o seu futebol.
“Isto mostra o investimento e a seriedade com que se leva o futebol lá. Isto está ao nível da Europa, sem dúvida nenhuma. Muitos campos, mesmo no hotel onde estávamos, tem um campo relvado, como eu disse na antevisão, muito melhor do que quase todos do Moçambola”, disse para clarificar o nível de seriedade com que se leva o futebol no Magreb.
Por isso, Hélder Duarte considera que é preciso que haja mais investimentos no futebol moçambicano para poder estar ao nível dos outros países. “Se quisermos subir para outros níveis, temos de investir muito nas infraestruturas e muito no aumento de campeonatos de formação e seniores também, para aumentarmos o número de praticantes”, disse Duarte. Read More O País – A verdade como notícia
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