O ministro da saúde diz que a manutenção da única máquina de radioterapia existente no país, avariada há nove meses, era insustentável para os cofres do Estado. Por isso, optou por contratar uma empresa mais barata para fazer a manutenção. Armindo Tiago diz que a máquina só ainda não foi reparada devido às manifestações.
Há cerca de nove meses que a única máquina de radioterapia disponível no serviço público do país está avariada. A avaria afecta a 50 pacientes por dia. São pessoas que procuram acelerar o tratamento de vários tipos de cancro.
O Governo veio, nesta segunda-feira, explicar as razões de tanta demora em repor o serviço.
“A máquina de radioterapia do Hospital Central é um equipamento extremamente avançado, mas simultaneamente nós estávamos a encontrar custos da sua manutenção regular, de rotina, extremamente insustentáveis. O que nós decidimos foi que devíamos encontrar outra forma e outro tipo de empresa que deveria fazer a manutenção para redução de custos. Nós contactamos várias empresas e duas empresas se mostraram interessadas em processo de manutenção com custos que vão desde, não vou dizer por razões éticas os valores, mas nós reduzimos em 30%, em mais de 30% os custos atuais de manutenção”, explicou o ministro da saúde.
Acertados os contratos, o ministro da saúde diz que só ainda não foi reposta a máquina devido aos protestos pós-eleitorais.
“Infelizmente, em resultado das manifestações, a equipe que devia vir fazer a avaliação não veio. As duas equipes não vieram, alegando esse problema de instabilidade. Nós acreditamos que na primeira semana de Dezembro as equipes cá estejam e vão assegurar uma manutenção regular a baixo custo do aparelho de radioterapia”, acrescentou.
Contudo, Armindo Tiago diz que esta avaria não pode ser vista como o fim do mundo. “A radioterapia é apenas uma forma de tratar cancro, existem outras formas de tratamento do cancro, entre elas a quimioterapia e, eventualmente, quando a máquina está avariada, aos doentes que têm indicação suprema para fazer radioterapia, nós fazemos como fazíamos quando não tínhamos a máquina, transferimos os doentes para o tratamento no exterior. É como nós estamos a fazer até hoje. Por outras palavras, as alternativas que nós tínhamos antes da instalação do serviço de radioterapia são essas que hoje estamos a usar para suprir as necessidades dos doentes.
Além da reparação desta máquina, o ministro da Saúde falou de iniciativas para o futuro, de disponibilização de serviços de radioterapia nas zonas centro e norte. Read More O País – A verdade como notícia
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