Os vendedores dos mercados na Cidade da Beira ressentem-se da falta de clientes devido à subida de de preços de alguns produtos que estavam a escassear durante as manifestações. Os vendedores de batata, cenoura, pimenta, tomate são os que mais reclamam de prejuízos.
Apesar do movimento de pessoas e bens estar a normalizar nos mercados, o impacto do fechamento das fronteiras continua visível e crescente na Cidade da Beira.
Depois da escassez da batata, cenoura e pimenta, devido ao encerramento da da fronteira de Ressano Garcia devido às manifestações, agora, pelo menos já não há mais falta de batata, o que falta são os clientes, em consequência da subida dos preços.
Por exemplo, a batata importada da África do Sul, que antes custava entre 400 a 450 Meticais, passou a ser vendida entre 650 a 700 Meticais por saco de 10 quilos e as razões são claras para os vendedores.
“Naquela semana que as fronteiras ficaram bloqueadas, os que já tinham comprado as mercadorias que já se encontravam na África do Sul, foram obrigados a voltar e usar outras fronteiras e isso acarretou custos para o consumidor final”, disse, Alberto Pene, vendedor na Beira.
A mesma ideia é compartilhada pela, também vendedora, Sara João. “Naquela semana ficamos dois dias sem abrir e, quando os camiões entraram quebraram toda a procura da batata, por isso mesmo o preço que não tem que baixar e, quando entram tenta fechar as quebras que tiveram”, reclamou.
A falta de clientes afectou igualmente a venda de produtos cujos preços mantiveram-se, e outros, inclusive, baixaram, como é o caso da cebola, que continua nos 400 Meticais e do tomate que baixou de 100 para 80 Meticais.
“Saímos sempre em prejuízos, porque quando amanhece deitamos muita quantidade do produto porque não há movimento. O produto tem mas não adesao”, lamentou Estrela Janota. Read More O País – A verdade como notícia
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