O Tribunal Penal Internacional decidiu, hoje, que o primeiro-ministro de Israel deve ser preso por cometimento de crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Faixa de Gaza. A mesma medida foi tomada contra o seu antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e para outros responsáveis do Hamas.
Benjamin Netanyahu já não pode sair do seu país para pelo menos 123 países que ratificaram o Estatuto de Roma. A razão é que o primeiro-ministro israleita é procurado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos na Faixa de Gaza e dos ataques do Hamas a 7 de outubro, em Israel, que desencadearam a ofensiva israelita na Palestina.
Quem também é internacionalmente procurado é o seu antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant, e outros responsáveis do Hamas não mencionados.
A decisão, poderá isolar ainda mais os suspeitos e complicar os esforços para a negociação de um cessar-fogo que ponha fim ao conflito que dura há 13 meses.
Netanyahu e outros líderes israelitas já reagiram e condenaram os mandados do procurador-geral do TPI, Karim Khan, considerando-o vergonhoso e antissemita.
Ainda em reacção, o gabinete de Netanyahu rejeita as alegações das quais são acusados, explicando que o país “não cederá a pressões, não se deixará dissuadir e não recuará” até que todos os objectivos de guerra de Israel sejam alcançados.
Já o Hamas congratulou a decisão de captura de Netanyahu, Gallant e a caracterizou como “precedente importante e histórico”, após décadas de injustiça nas mãos de uma “ocupação fascista”. A África do Sul e a frança também estão de acordo
Uma vez que Israel e o seu principal aliado, os Estados Unidos da América, não são membros do Tribunal Penal Internacional, as implicações podem ser muito limitadas, até porque, contrariamente a África do Sul e a França que estão a favor, Alemanha, Reino Unido, Itália e Polônia posicionaram-se contra a medida. Read More O País – A verdade como notícia
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