Os Mambas estão no CAN de Marrocos. A selecção nacional venceu a sua congénere da Guiné-Bissau por duas bolas esem resposta, qualificou-se ao CAN de Marrocos, e vingou-se da eliminação de 2019, em pleno Estádio Nacional 24 de Setembro, em Bissau. Bruno Langa lançou um míssil e Ratifo teve a cabeça no lugar para colocarem o combinado nacional na fase final de um CAN pela sexta vez e segunda consecutiva
Chiquinho Conde já dizia que é difícil vencer no Estádio Nacional do Zimpeto e prometeu que fora a selecção iria vencer. Profecia ou não, Conde voltou a ter razão e os Mambas venceram, fora de portas, e garantiram a qualificação ao Campeonato Africano das Nações, CAN-2025.
Não foi preciso muito. Num jogo em que um empate servia, Conde havia garantido que a selecção não entraria para jogar pelo empate, mas pela vitória. Uma vitória que acabou por ser tão doce quanto mel, num estádio onde choramos uma eliminação, e ontem, fizemos a festa da qualificação.
Mudanças e entrar a vencer
Chiquinho Conde fez as alterações necessarias para colocar uma selecção mais ofensiva , com objectivo claro de pressionar o adversário e criar oportunidades de golos. Da equipa inicial que defrontou Mali foram três as alterações promovidas por Chiquinho Conde, nomeadamente as saídas de Nené, Dominguez e Clésio, entrando para os seus lugares Alfonso Amade, Pepo e Gildo.
Assim, os Mambas entraram de início com Ernan na baliza, Bruno Langa e Infren nas laterais, Reinildo e Mexer no centro da defesa. O primeiro tampão era feito por Alfonso Amade e Ricardo Guima, como pivôs, enquanto Pepo fazia o papel de Dominguez no centro do campo, com Gildo na esquerda e Geny na direita, em apoio a Ratifo, o avançado de referência.
O objectivo e plano de Chiquinho Conde até deu certo, uma vez que os Mambas não deram espaços para os Djurtus nos instantes iniciais e estiveram na frente, a jogar de igual para igual. E o resultado começou a fazer sentido ainda cedo, quando ao minuto nove Bruno Langa disferriu um canhão do meio da rua que só parou no fundo das malhas de Manuel Balde.
Ainda cedo e os Mambas já vencia e provocavam mais pressão e nervosismo nos Djurtus.
Com o nervosismo da Guiné-Bissau, os Mambas aproveitavam para controlar e ter mais posse de bola, perante vários protestos dos adeptos nas bancadas a cada jogada mal executada. Nem mesmo quando a defensiva dava algum espaço aos Djurtus, os seus avançados não conseguiam acertar com a baliza de Ernan, o que dava mais confiança aos moçambicanos.
Perto do final da primeira parte os Mambas começaram a dar mais espaços a Guiné-Bissau, que começou por ameaçar num cabeceamento de Mama Baldé, após corte defeituoso de Ernan, num canto, por cima.
Depois uma má abordagem de Mexer, que tentou atrasar para Ernan, que não consegue o domínio e oferece o pontapé de canto. Do canto Ernan se faz à bola e Betuncal cabecea para o fundo das malhas, a empatar o jogo, aos 41 minutos.
Galvanizada a selecção da Guiné-Bissau, e com apoio do árbitro, começou a encomodar mais a zona defensiva dos Mambas, sem contundo voltar a marcar.
O intervalo chegou com o empate a prevalecer e com muitas dúvidas em relação a o que Chiquinho Conde iria fazer na segunda parte.
Estancar acção ofensiva da Guiné-Bissau e novamente os Mambas a marcarem
Chiquinho Conde viu o desgaste dos jogadores moçambicanos no final da primeira parte e a subida das linhas por parte da Guiné-Bissau e, por isso, não pensou duas vezes e começou a fazer alterações, com saída de Pepo e a entrada de Nené, com intuíto de estancar a acção ofensiva.
Reforçou a defesa e permitiu que a equipa subisse para pressionar o seu adversário e, tal como na primeira parte, os Mambas entraram a marcar. Canto da esquerda cobrado por Geny Catamo para a cabeça de Ratifo que não dispediçou.
Novamente Moçambique na frente do marcador e a Guiné-Bissau atrás do prejuizo.
Mas desta vez Moçambique não jogou na defensiva e continuou na frente. Geny ainda sofreu uma falta dentro da área, mas o árbitro não assinalou a grande penalidade.
O seleccionador nacional começou a pensar no tempo e no resultado e apostou em defender ainda mais, tirando Ratifo no ataque e colocar no seu lugar Chamboco, a permitir uma nova dupla de centrais, agora entregue a Mexer e Chamboco, com Reinildo a descair para a esquerda e Bruno Langa a subir no terreno. Depois foi Gildo a sair e ceder seu lugar a Clésio Baúque.
Nessa altura a selecção de Moçambique controlava os acontecimentos no relvado, a aproveitar a desconcentração dos Djurtus, que não encontravam soluções para reverterem o resultado.
Guima acabou saindo lesionado e no seu lugar entrou Dominguez, que em pouco tempo começou a empurrar a equipa para frente, lançando por duas vezes Clésio Baúque, que teve oportunidades de marcar, mas sem acertar com a baliza de Manuel Baldé.
Nem mesmo a pressão no final do encontro fez os Mambas vergarem e no final houve festa no mesmo palco que há cinco anos foram choros. Uma vingança bem servida e uma Boa Morte ao Luís, o seleccionador guineense.
Estamos novamente num CAN, depois de 1986, 1996, 1998, 2010 e 2023. Desta vez, com uma selecção ainda mais forte, os Mambas terão algo a dizer na fase final de Marrocos.
Até lá Marrocos! Read More O País – A verdade como notícia
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