Agosto 21, 2024

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 Mortes por acidentes de viação na Estrada Nacional Número Quatro (EN4) continuam a preocupar. Na última semana, nove pessoas morreram numa série de acidentes trágicos ocorridos naquela estrada que liga Moçambique à África do Sul.

O acidente de viação ocorrido a 12 do mês em curso foi sem dúvidas o acidente mais mediático que ocorreu em Malhampsene, no município de Matola, que vitimou uma mulher grávida.

De acordo com o departamento da Polícia de Trânsito no Comando Provincial da PRM em Maputo, o primeiro semestre de 2023 foi marcado por 37 acidentes na EN4, que culminaram com a morte de 39 pessoas. Já no primeiro semestre deste ano foram registados 12 acidentes que vitimaram 16 pessoas.

A Concessionária da EN4, Trans African Concessions, descreve a última semana como tendo sido trágica devido aos danos causados pela sinistralidade conforme explicou Fenias Mazive, representante da TRAC.

“Tivemos nove fatalidades. Quatro pessoas perderam a vida aqui na FRIGO, onde um chapa bateu atrás de um camião, isso foi na quinta-feira e na sexta-feira tivemos aqui na ponte, um peão que atravessou na horizontal da estrada e foi atropelado. Na mesma noite tivemos um outro atropelamento em Malhampsene. No domingo, embora não esteja na EN4, mas junto a nossa estrada tivemos aquele autocarro que capotou e matou duas pessoas e na segunda-feira tivemos aquele acidente que ceifou a vida de uma senhora”, referiu.

Segundo a Polícia de Trânsito, os acidentes devem-se a negligência dos condutores.

Aliás, Otília Mawela, que há dois anos perdeu um parente na EN4, concorda que a responsabilidade dos acidentes é o erro dos motoristas. “Os condutores não prestam atenção, sobretudo para os peões. Meu familiar morreu aqui depois de ter sido atropelado”, lamentou.

A EN4 liga Moçambique a África do Sul, do lado moçambicano, na província de Maputo, a rodovia atravessa bairros densamente habitados e esses mesmos moradores sentem que é preciso fazer mais.

Enquanto os utentes criticam os automobilistas, este grupo diz que a TRAC deve melhorar a segurança da estrada pois as actuais condições não são favoráveis.

O condutor, Teixeira Jaconias, posiciona-se sempre no mercado de Malhampsene onde decorrem obras de reabilitação, que para ele não trazem segurança, devido a ausência da faixa de reserva que aumenta os riscos para os condutores. “Deviam ampliar mais a estrada, assim como está, não é segura e com avarias (de automóveis), cria-se um engarrafamento”.

Fenias Mazive defende o uso de uma faixa de rodagem para possíveis automóveis com avarias na estrada. “No trecho em que nos encontramos neste momento temos três faixas de rodagem, então, assumimos que uma viatura que tenha dificuldades ou desenvolva algum problema, vai mobilizar-se para a faixa esquerda e as outras faixas sirvam para a movimentação normal das viaturas”,disse.

André Magasso especialista em investigação de acidentes rebate o argumento de Fenias Mazive, afirmando que é indispensável a faixa de segurança.

“O padrão de construção de auto-estrada ou de uma estrada normal recomenda, que de entre as faixas exista a berma da estrada, justamente para questões de emergência quer por avaria ou então acidentes. Então, não podemos assumir uma faixa de rodagem para esse fim, logo é um desvio. Então os automobilistas, ao questionarem esse facto têm toda razão. Independentemente de serem duas, três ou quatro faixas deve sempre reparar que é necessário que haja a berma de segurança.”

Lourenco Domingos, que é condutor, criticou a Polícia de Trânsito “por não estar a fazer bem o seu trabalho”.

Outra preocupação é que o troço que parte de Novare Mall até Tchumene não está iluminado e a estrada não dispõe de refletores luminosos no pavimento, assim como no separador central, contudo, a TRAC, através do seu representante, garantiu que estão a ser importados equipamentos para resolver a situação a breve trecho.

Sobre a inexistência de equipamentos, naquele troço, o especialista em investigação de acidentes entende haver um erro que deve estar a custar a vida das pessoas, porque em uma via ainda em construção deve haver equipamentos de segurança.

“O tráfego rodoviário é misto na EN$ onde diariamente, 1800 camiões usam a via. Há também aqui o transporte público e semi-colectivo de passageiros, isso, para não falar de viaturas particulares. E, porque nos últimos dias os acidentes de viação mataram e feriram, a polícia posicionou-se na estrada para sensibilização.

Outro facto preocupante é que de dia ou mesmo de noite os peões atravessam a via de forma insegura e expostos ao risco de atropelamento.

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