Indivíduos ainda desconhecidos mataram uma mulher grávida e um menor de idade e feriram outras quatro pessoas, três delas de idades compreendidas entre os dois e os 15 anos de idade. Os malfeitores roubaram alimentos e telemóveis.
Na madrugada da passada terça-feira, indivíduos desconhecidos arrombaram a porta de uma residência no Município de Nhamatanda, em Sofala, e, com recurso a um almofariz e cabo de um machado, desferiram golpes aos seis membros de uma família que se encontravam a dormir.
Duas pessoas morreram no local do crime, nomeadamente, uma senhora com cinco meses de gravidez e um menor que tinha seis anos de idade. Eles eram mãe e filho.
De acordo com a Polícia, outros quatro membros da família, nomeadamente o pai, de 39 anos de idade, e três filhos de 2, 10 e 15 anos de idade, foram feridos pelos malfeitores com gravidade.
Depois de serem atendidos no Hospital Rural de Nhamatanda, os quatro feridos foram transferidos para o Hospital Central da Beira, onde três deles estiveram a receber cuidados intensivos, até na manhã desta quinta-feira, dia que saíram das salas de reanimação, mas o estado clínico dos referidos feridos ainda exige cuidados redobrados.
Cristina Dinda, parente das vítimas, que tem estado a prestar assistência aos quatro sobreviventes, desde que ocorreu o crime, relatou as dificuldades que a família está a enfrentar.
“A criança de três anos de idade alimenta-se através de um tubo montado pelos médicos do hospital. O estado de saúde ainda não é normal. Diria até que é um quadro clínico muito complicado. As outras vítima também se encontram numa situação complicada, com as vistas completamente inflamadas. A cabeça encontra-se inflamada e não consegue sequer girar o pescoço, quer para um lado quer para o outro. Apenas uma conseguiu ter alta hospital. Por isso mesmo, conseguiu voltar a casa [esta quinta-feira]”, disse Cristina Dinda, familiar das vítimas.
Quanto ao irmão de Cristina Dinda, igualmente agredido pelos malfeitores, a irmã da vítima conta que, até ao momento em que a reportagem foi gravada, não conseguia dizer qualquer palavra, mesmo quando chamado a falar. Abre os olhos, no entanto, para se alimentar, também precisa de tubos. Até ontem, o irmão de Cristina Dinda tomava sopa pelo mesmo tubo, com ajuda da irmã.
O Hospital Central da Beira mostrou disponibilidade em falar do estado clínico das vítimas nesta sexta-feira.
Os malfeitores, segundo a família, roubaram alimentos, telefones e uma bicicleta.
“O telefone da vítima, quando ligamos, até agora chama e a pessoa que traz consigo atende. Quanto à bicicleta, já se encontra na esquadra. Foi encontrada numa mata abandonada”, disse outro membro da família agredida, já na cidade da Beira.
A Polícia e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) estão em diligências para deter os autores do crime.
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