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O presidente do Quénia, William Ruto, voltou atrás e desistiu de aumentar os impostos, nesta quarta-feira. A polêmica medida debatida no Parlamento provocou uma onda de protestos violentos que durou mais de uma semana e resultou em dezenas de mortes, feridos e detenções.
Dois dias depois de milhares de manifestantes terem invadido o parlamento Queniano, numa acção que resultou na morte de mais de 20 pessoas, o presidente, William Ruto, anunciou, esta quarta-feira , que não vai sancionar o projeto de lei financeira que propõe novos impostos.
“Ouvindo atentamente o povo do Quênia, que em alto e bom som disse que não quer esse projeto de lei financeira de 2024, eu cedo. E, portanto, não assinarei o projeto de lei de 2024 e será posteriormente retirado”, disse William Ruto em um discurso televisivo.
Apesar disso, o chefe do estado queniano alertou que a retirada do projeto de lei das finanças significaria um défice significativo no financiamento de programas de desenvolvimento destinados a ajudar os agricultores e os professores.
Sem avançar detalhes, o estadista queniano afirmou que vai iniciar um diálogo com a juventude e adoptar algumas medidas, começando com cortes no orçamento da presidência para compensar a diferença nas finanças do país.
“É necessário que tenhamos uma conversa como nação sobre como administrar juntos os assuntos do país”, disse o presidente.
Trata-se do maior ataque ao Governo do Quénia onde vários manifestantes foram mortos a tiros, além de enfrentarem gás lacrimogêneo disparado pela polícia, como forma de conter a situação.
Entretanto, os protestantes já ameaçavam prosseguir com mais acções reivindicativas, nos próximos dias, caso o governo não recuasse a decisão de aumentar impostos.
No seu discurso, William Ruto reconheceu que o projecto de lei causou insatisfação generalizada e lamentou as mortes causadas, acrescentando que mais de 200 pessoas ficaram feridas.
Sobre a invasão ao parlamento pelos manifestantes e o fogo lançado ao edifício do legislativo, na última terça-feira, Ruto classificou de ameaça “existencial”.
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