A Directora-geral do Fundo Monetário Internacional entende que Moçambique está a fortalecer as suas instituições, por isso o desempenho económico é positivo. Kristalina Georgieva destaca indicadores como inflação baixa, reservas fortes e taxa de crescimento económico alta.
No contexto das reuniões de primavera que têm lugar na sede das instituições da Bretton Wood, o Presidente da República foi recebido, ontem, pela Directora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, para passar em revista o programa de apoio que existe entre os dois países.
Filipe Nyusi fazia-se acompanhar da sua equipa da área de economia e financas, nomeadamente, o ministro e o Governador do Banco de Moçambique. Do encontro, Georgieva saiu feliz, mas mais satisfeita ficou quando viu os indicadores do pais actualmente.
“Quero congratular o Presidente pela boa performance da economia. Temos um programa activo com Moçambique e estou feliz por ver que a posição fiscal do país fortaleceu-se, crescimento está em cima, inflação está embaixo, as reservas estão fortes”, destacou a dirigente do daquela instituição financeira.
Georgieva sabe o que está por trás desse desempenho que, para ela, é bom. “Isso são ganhos da construção de instituições fortes e implementação de boas políticas. Espero visitá-lo, senhor Presidente. Obrigado por vir”.
Um posicionamento desta natureza vindo do FMI limpa o nome de Moçambique em todo o mundo e facilita que os investidores de qualquer canto do planeta se sintam estimulados a investir na economia moçambicana.
BANCO MUNDIAL DESTACA POSIÇÃO DO PAÍS NA REGIÃO
Antes do encontro com a Directora-geral do FMI, o Presidente da República já se tinha encontrado com o gestor do Banco Mundial, que, também, elogiou Moçambique em diversas áreas, com destaque para o emprego para a juventude e o papel do país na região no que diz respeito ao fornecimento de electricidade aos países vizinhos.
O contexto do encontro foi mesmo as Reuniões de Primavera que acontecem em Washington nestas épocas do ano. Ajay Banga e Nyusi mantiveram um encontro de alto nível do qual resultaram perspectivas de mais cooperação. Porém, antes disso, há o que já está a ser feito e Banga diz que é algo bom.
“Ele e eu tivemos uma boa discussão sobre o trabalho em curso… os resultados do desenvolvimento económico que Moçambique está a tentar fazer; os progressos no crescimento económico e na inflação. Mas o mais importante: estivemos a discutir as oportunidades para os jovens e o seu futuro e como investir na juventude se torna o futuro do país. Então, falámos da sua importância em termos de emprego, e como criar empregos com certos ativos em que Moçambique se porta muito bem”, disse Ajaya Banga referindo-se aos programas que o país tem levado a cabo nestes sectores a nivel interno.
Entretanto, para o gestor máximo do Banco Mundial, a parte mais interessante é notar que, ao mesmo tempo, há outras coisas a serem feitas para a região. “Por exemplo, energia… Não só aumentou o acesso a energia para a sua própria população, e ainda há mais por vir, mas estão também a tornar-se numa fundação para o mercado de electricidade na região sul de África, o que é um excelente salto. Há muito que o sector privado e o Governo podem fazer juntos, não só na eletricidade, mas em outros espaços também, incluindo turismo e infra-estruturas, tudo alinhado para a criação de emprego para o futuro do nosso mundo, que é a juventude”.
EXXON MOBIL EM ANÁLISE “CUIDADOSA” SOBRE DFI NO ROVUMA
Na agenda do Presidente da República, que trabalha em Washington desde início desta semana, coube um momento para encontrar-se com um dos operadores da área 4 da bacia do Rovuma, que é a ExxonMobil, que até aqui ainda não anunciou a sua decisão final de investimentos.
Há informações que indicam 2025, mas o representante da petrolífera, depois do encontro com o Presidente da República, não confirmou nem negou, apenas disse que a sua equipa “está a olhar cuidadosamente para essas datas”.
O que se sabe até aqui é que a petrolífera americana está a monitorar a situação de segurança em Cabo Delgado. No ano passado, a multinacional mostra-se optimista, mas isso foi antes dos ataques que tiveram lugar no início deste ano.
A Exxon Mobil Moçambique irá liderar a construção e operação futura do GNL e instalações relacionadas para a Área 4 enquanto a Eni continuará a liderar o projecto de GNL flutuante da Coral e todas as operações upstream. O bloco das águas profundas da Área 4 contém reservas de mais de 85 triliões de pés cúbicos de gás natural, o que irá fornecer recursos para o projecto de GNL de classe mundial, em que os parceiros esperam investir dezenas de biliões de dólares.
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