Setembro 13, 2024

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Ossufo Momade diz que um “membro judas” queixou-se aos tribunais em busca de legitimidade

O Presidente da Renamo afirmou, este domingo, que há membros que “desfilam pelas televisões e pelos tribunais, à procura de legitimidade político-partidária”. Ossufo Momade garantiu que o partido vai realizar o congresso, em Maio próximo, e não se lembra de uma reunião como essa, na história da formação política que lidera, tenha sido realizada “porque alguém que seja membro judas” queixou-se aos tribunais e à comunicação social.

Falando na abertura do Conselho Nacional – evento de um dia e que decorre na Cidade de Maputo –, Ossufo Momade disse que, depois da “fraude eleitoral” havida nas autárquicas de 2023, esperava-se que os membros do partido “mantivessem a serenidade necessária para juntos estarmos focados num objectivo ideal e comum, que é identificar o nosso adversário político e estratégia para as eleições de 2024”.

Contudo, “estranhamente, a nossa vontade colectiva e contra o dever especial de reforçar a coesão, a disciplina, o dinamismo e o espírito de criatividade no partido, assistimos a certos membros e desfilar pelas televisões e pelos tribunais, à procura de legitimidade para alcançar posições político-partidárias”.

Essa forma de proceder é, de acordo com o líder da Renamo, “uma fracassada tentativa de inventar a roda, já inventada, e uma forma infeliz e desmedida atitude de apagar a história da Resistência Nacional Moçambicana”.

“Lamentamos que tais membros tenham investido o seu tempo e inteligência” para culpar o partido e seu presidente pela fraude eleitoral, “de tal sorte que se esqueceram de onde viemos e para onde vamos (…). A nossa agenda é clara: alcançar o poder e servir ao povo moçambicano”.

Sobre o congresso – marcado para 15 e 16 de Maio próximo, num local ainda por indicar – Ossufo Momade começou por explicar que 2023 e 2024 “são atípicos” por serem anos eleitorais e de intensa actividade política. “O partido Renamo nunca se furtou de realizar o congresso. Aliás, cientes do imperativo estatutário”.

Será o sétimo congresso da “Perdiz” e Ossufo Momade disse que não se lembra de uma reunião dessa envergadura, na história da formação política que lidera, tenha sido realizada “porque alguém que seja membro judas foi queixar-se aos tribunais e órgãos de comunicação social para buscar legitimidade”.

Refira-se que o membro da Renamo que teve aparições constantes na imprensa e recorreu aos tribunais para ver ultrapassadas certas irregularidades no partido é Venâncio Mondlane.

Em Fevereiro último, Venâncio Mondlane submeteu, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, uma providência cautelar para que Ossufo Momade fosse notificado a cumprir os estatutos do partido na íntegra, sobretudo a ser obrigado a marcar a data do congresso.

Para o líder da Renamo, contra o desiderato de reforço da coesão, disciplina interna do partido, há membros que se empenham na desestabilização através de declarações desabonatórias na comunicação social.  “A nossa agenda é clara. Alcançar o poder e servir bem o povo moçambicano”.

 

Situação do DDR

Segundo Ossufo Momade, 46 oficiais da Renamo – recém-formados – foram enquadrados na Polícia da República de Moçambique (PRM), no âmbito do processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR).

Este enquadramento é histórico para a Renamo, porque, desde o Acordo Geral de Roma, em 1992, nunca se tinha conseguido, afirmou o Presidente do partido.

Dos 5.221 processos submetidos ao Ministério da Economia e Finanças, para fixação de pensões dos combatentes, foram remetidos ao Tribunal Administrativo, até Março passado, 3.486, dos quais 2.522  têm visto e 1.935 já recebem pensões.

Sobre os pojectos de sustentabilidade económica para os antigos guerrilheiros da Renamo, esta não está satisfeita devido à alegada morosidade. “Nunca nos cansaremos para a sua materialização, pelo que continuaremos a exigir da contra parte do acordo para o seu cumprimento. Se dependesse da nossa liderança, o processo estaria encerrado.

Aos combatentes da Renamo, Ossufo Momade apelou para que não se deixem “abalar pelos pronunciamentos irresponsáveis”, cuja finalidade é “desvalorizar o nosso esforço e empenhos colectivos, porque enquanto líderes deste partido tudo faremos para que o Acordo de Paz e Reconciliação de Maputo seja cumprido no espírito e na letra”.

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